A morte do adolescente Caio Matheus Silva Santos, de 17 anos, durante uma operação da Polícia Civil, é apontada como principal motivo para os ataques realizados em várias avenidas de Vitória, nesta sexta-feira (14). Nos atos, criminosos encapuzados quebraram vitrines, incendiaram ônibus, apedrejaram automóveis e obrigaram comerciantes a fecharem as portas.
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Apesar de não concordar com a forma como as manifestações foram conduzidas, a família do adolescente acredita que os protestos mostram a indignação dos moradores em relação à atitude da polícia no bairro Bonfim.
Caio era morador do Bairro da Penha. A polícia diz que o jovem tinha uma importância hierárquica no tráfico de drogas da região. Segundo Jocasta, o sobrinho já havia sido detido pela polícia. Ela também afirmou que ele tinha amizade com alguns traficantes e tirava fotos com armas. Contudo, ela afirma que nenhuma destas condutas justificaria a morte do jovem.
Em coletiva no Quartel de Maruípe, o chefe da Polícia Civil, José Arruda, disse que a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) fazia uma operação no Bonfim para cumprimento de mandados de prisão. Já no fim da ação, quando os policiais desciam o morro, foram surpreendidos por um grupo de criminosos armados. De acordo com Arruda, apenas um disparo foi dado, mas não havia registro de que alguém tivesse sido baleado.
Eles estavam terminando a operação e houve a necessidade de se fazer um disparo, quando foram surpreendidos por vários rapazes fortemente armados. Todos correram, o tumulto se dissolveu. Naquele momento não foi registrado nenhum óbito, afirma o chefe da PC.
Segundo ele, momentos depois, os policiais receberam a informação de que uma pessoa havia dado entrada no Hospital São Lucas com uma perfuração por disparo de arma de fogo.
Pode ter sido neste momento (da operação), pode ter sido depois, pode ser que alguém se aproveitou da situação e matou o rapaz. Tudo está sendo investigado. Vamos ver o laudo cadavérico, ouvir as pessoas. As operações já estão sendo organizadas para ter certeza do que aconteceu, disse Arruda.
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