A Polícia Civil do Rio de Janeiro realizou, nesta quarta-feira (7), a "Operação Poseidon" para desarticular uma organização criminosa que coleta ilegalmente animais marinhos em risco de extinção na cidade de Marataízes, no Espírito Santo, para vender a lojistas do Estado do Rio, assim como São Paulo, Santa Catarina e Minas Gerais. Segundo as informações divulgadas pela polícia, duas pessoas foram presas e mais de 100 animais apreendidos.
A operação que buscava cumprir seis mandados de busca e apreensão na capital do Rio de Janeiro e em cidades da Região dos Lagos foi coordenada pela Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), e também contou com o apoio da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), da 126ª DP (Cabo Frio) e do Ministério Público.
De acordo com os agentes da ação, após serem coletados em Marataízes, os animais eram transportados para as cidades de Cabo Frio e São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos, no Rio. Em seguida, armazenados em um depósito e vendidos para outros lugares.
As investigações mostram que os presos são os operadores do esquema, que conta com pescadores e revendedores de animais e possui uma loja física para a comercialização em Cabo Frio. Dentre os animais marinhos retirados dos recifes de corais, estavam tubarões, arraias, cavalos-marinhos, estrelas-do-mar e corais ameaçados de extinção e com a coleta proibida.
Para a Polícia Civil, a organização cometeu crimes ao agravar danos ao meio ambiente e problemas que estão relacionados ao risco biológico ao bioma marinho, já que, uma vez retirados de habitat natural e misturados a outros animais exóticos durante o armazenamento, os peixes e corais não podem mais retornar ao local de origem.
O fim da operação acontecerá após a análise do material apreendido durante a ação. E os animais serão encaminhados ao AquaRio, considerado o maior aquário marinho da América do Sul. Desse modo, com o término da quarentena, serão expostos com o objetivo de conscientizar o público e transmitir educação ambiental.
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