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Animais marinhos capturados no ES eram vendidos ilegalmente no RJ

Animais marinhos capturados no ES eram vendidos ilegalmente no RJ

De acordo com agentes, após serem coletados em Marataízes, os animais eram transportados para as cidades de Cabo Frio e São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos

Publicado em 8 de outubro de 2020 às 10:49

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Dentre os animais marinhos retirados ilegalmente dos recifes de corais, estão arraias
Dentre os animais marinhos retirados ilegalmente dos recifes de corais, estavam as arraias . (Foto de Kristian Laine/ Pexels)

Polícia Civil do Rio de Janeiro realizou, nesta quarta-feira (7), a "Operação Poseidon" para desarticular uma organização criminosa que coleta ilegalmente animais marinhos em risco de extinção na cidade de Marataízes, no Espírito Santo, para vender a lojistas do Estado do Rio, assim como São Paulo, Santa Catarina e Minas Gerais. Segundo as informações divulgadas pela polícia, duas pessoas foram presas e mais de 100 animais apreendidos.

A operação que buscava cumprir seis mandados de busca e apreensão na capital do Rio de Janeiro e em cidades da Região dos Lagos foi coordenada pela Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), e também contou com o apoio da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), da 126ª DP (Cabo Frio) e do Ministério Público.

De acordo com os agentes da ação, após serem coletados em Marataízes, os animais eram transportados para as cidades de Cabo Frio e São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos, no Rio. Em seguida, armazenados em um depósito e vendidos para outros lugares.

ATÉ TUBARÕES

As investigações mostram que os presos são os operadores do esquema, que conta com pescadores e revendedores de animais e possui uma loja física para a comercialização em Cabo Frio. Dentre os animais marinhos retirados dos recifes de corais, estavam tubarões, arraias, cavalos-marinhos, estrelas-do-mar e corais ameaçados de extinção e com a coleta proibida.

Para a Polícia Civil, a organização cometeu crimes ao agravar danos ao meio ambiente e problemas que estão relacionados ao risco biológico ao bioma marinho, já que, uma vez retirados de habitat natural e misturados a outros animais exóticos durante o armazenamento, os peixes e corais não podem mais retornar ao local de origem.

ANIMAIS SERÃO EXPOSTOS 

O fim da operação acontecerá após a análise do material apreendido durante a ação. E os animais serão encaminhados ao AquaRio, considerado o maior aquário marinho da América do Sul. Desse modo, com o término da quarentena, serão expostos com o objetivo de conscientizar o público e transmitir educação ambiental.

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