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Após 148 dias afastado, sargento que agrediu frentista no ES volta ao trabalho

Após 148 dias afastado, sargento que agrediu frentista no ES volta ao trabalho

Clemilson Silva de Freitas, flagrado dando um tapa no frentista Joelcio Rodrigues em janeiro, está de atestado médico e pode regressar nesta quarta (24) à Corporação. Ele responde a um processo administrativo na Corregedoria

Publicado em 23 de junho de 2020 às 15:50

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Policial deu tapa na cara do frentista e apontou a arma para ele — Foto: Reprodução/ TV Gazeta
O sargento Clemilson Silva de Freitas deu um tapa na cara do frentista e ainda apontou uma arma para o frentista Joelcio Rodrigues — Foto: Reprodução/ TV Gazeta. (Reprodução)

Após 148 dias afastado por licença médica, o terceiro sargento da Polícia Militar, Clemilson Silva de Freitas, poderá voltar a exercer as funções na corporação a partir desta quarta-feira (24). O militar foi flagrado por câmeras de segurança agredindo um frentista de um posto de combustível na Rodovia do Sol, em Vila Velha, no dia 23 de janeiro deste ano. Na ocasião, o policial desferiu um tapa no rosto do trabalhador e ainda empunhou a arma em direção a Joelcio Rodrigues.

A licença médica de Clemilson foi iniciada em 28 de janeiro, cinco dias após o incidente, e termina nesta terça (23), conforme consta no Portal da Transparência do Estado. A motivação para a agressão teria sido o atendimento ruim que o militar afirma ter recebido do frentista.

“O policial estava acompanhado de uma mulher e me pediu para abastecer R$ 50. Nessa hora, eu pedi para eles descerem da moto, por motivos de segurança ao cliente. Ele achou ruim e começou a me tratar mal. Falei que não adiantava ele fazer isso e que, se quisesse, poderia conversar com o dono”, contou o frentista na no dia seguinte à agressão.

PROCESSO ADMINISTRATIVO

Após a repercussão do caso, o militar acabou afastado pela Corregedoria e foi aberto um inquérito para a apuração dos fatos. Em nota enviada à reportagem de A Gazeta, a assessoria de imprensa da Polícia Militar disse que o servidor responde a um processo administrativo.

"Após o término do Inquérito Policial Militar para apuração dos fatos, o sargento passou a responder a processo administrativo disciplinar de rito sumário, que está em andamento na Corregedoria. A princípio não há previsão legal para afastamento do PM por parte da Corregedoria, visto que ele se encontra de licença médica, concedida pela Junta Médica da Corporação até 23 de junho", diz o trecho da nota.

Do início do ano até a presente data, a aceitação da denúncia foi o único avanço do caso junto ao Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), que marcou a primeira audiência para o dia 24 de novembro – data em que as agressões já vão ter completado dez meses.

Caso retorne à corporação nesta quarta (24), o terceiro sargento não poderá realizar atividades externas de um policial enquanto não for concluído o processo administrativo pela Corregedoria.

O frentista Joelcio Rodrigues denunciou o policial militar nesta terça-feira (28), na Corregedoria da PM
O frentista Joelcio Rodrigues denunciou o policial militar no dia 28 de janeiro, na Corregedoria da PM. (Larissa Avilez)

"Após vencida a licença, o militar retorna a sua unidade, ficando à disposição do seu comandante imediato. Caso ele retorne do afastamento por problemas de saúde, exercerá atividades administrativas até a conclusão do procedimento disciplinar, conforme a legislação determina. Somente ao final do PAD será definido algum tipo de punição, ou não, ao militar", complementa a resposta da assessoria da Corporação, sem mencionar se Clemilson passou por algum tipo de tratamento ou recebeu acompanhamento médico.

"Devido ao sigilo médico, a Corporação não pode divulgar se durante a licença o policial fez algum tratamento ou acompanhamento médico e também qual problema de saúde ele apresentou, conclui a nota da Polícia Militar.

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Na época, o coronel Juffo, corregedor em exercício da PM, garantiu que o policial seria afastado das ruas enquanto durasse o procedimento administrativo de investigação. Com a repercussão do caso, o governador Renato Casagrande (PSB) também afirmou que a Corregedoria iria agir com rigor.

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