> >
Após 2 meses, acidente que matou motoboy segue sem conclusão em Cachoeiro

Após 2 meses, acidente que matou motoboy segue sem conclusão em Cachoeiro

No dia 26 de fevereiro, o motoboy Alexandre Marinho, 26, foi atingido por um carro, que capotou várias vezes antes de atingir o jovem. Motorista foi reprovado no teste do bafômetro

Publicado em 30 de abril de 2021 às 17:29

Ícone - Tempo de Leitura min de leitura
Alexandre Marinho, de 26 anos, chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos
O motoboy Alexandre Marinho, de 26 anos, morreu após ser atingido por carro em Cachoeiro. (Acervo pessoal)

Após dois meses do acidente que matou o motoboy Alexandre Marinho, de 26 anos, em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Estado, a família aguarda por Justiça. Na madrugada do dia 26 de fevereiro deste ano, ele foi atingido por um carro, que capotou várias vezes antes de atingir a vítima na Linha Vermelha, no bairro Jardim América.

Alexandre chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos. O motoboy estava fazendo a última entrega da noite quando o acidente aconteceu. O caso gerou repercussão entre os motoboys do município.

Na época, a Polícia Militar disse informou à reportagem da TV Gazeta Sul, por nota, que o motorista do carro chegou a negar ser o condutor, informando que quem estava ao volante era o pai dele. Porém, a versão foi contestada com várias pessoas que estavam no local. O teste do bafômetro foi feito no motorista e deu positivo, segundo a polícia. O condutor foi levado à delegacia, mas ele e o carro foram liberados.

Polícia Civil explicou que o motorista foi liberado no dia ao acidente porque a ocorrência não foi entregue ao plantão da Delegacia Regional de Cachoeiro de Itapemirim. No entanto, a Delegacia Especializada de Infrações Penais e Outras (Dipo) de Cachoeiro instaurou um inquérito policial para apurar os fatos.

O caso atualmente é investigado como "acidente com vítima fatal". Disse ainda que diligências e oitivas estão em andamento, que todas as medidas legais foram adotadas e estão tramitando no prazo legal.

PUNIÇÃO

A família do motoboy espera que as investigações sejam concluídas, mas duvida que haja a punição do responsável pelo acidente. “A Justiça neste país é lenta e injusta. Não acredito que um dia o culpado venha a ser punido. No máximo vai pagar em cestas básicas ou serviços comunitários. Nada vai trazer meu filho de volta. Isso é angustiante, esperar por justiça e nada acontecer. Acredito na justiça divina. Deus é justo”, disse Dircilene Jesus Lisboa, de 44 anos, mãe do jovem.

A mãe de Alexandre Marinho informou ainda que o filho havia acabado de adquirir a moto em um consórcio, que hoje é pago com o esforço financeiro de toda a família. A vítima ainda trabalhava em uma fábrica de blocos de familiares durante o dia para ter uma renda extra.

“Ele estava feliz, pois havia conquistado uma moto nova pela primeira vez. Estava vendo até uma casa, para morar com a namorada. Os sonhos do meu filho foram interrompidos. São vários os jovens que vão comemorar, se embriagam, por que não colocar um amigo que não bebe para dirigir? Temos que pensar no próximo”, disse Dircilene Jesus Lisboa.

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais