A Polícia Federal, por meio do superintendente da corporação no Espírito Santo, delegado Eugênio Ricas, afirmou que a Polícia Militar não enviou os nomes dos militares que participariam da Força-Tarefa de Segurança Pública no Estado, grupo responsável por compartilhar informações para combate ao tráfico de drogas e de armas. No fim da manhã desta quarta-feira (12), entretanto, a PM encaminhou os três nomes à PF, que coordena a ação.
Em entrevista à repórter Priciele Venturini, da TV Gazeta, o representante da PF havia afirmado que aguardava os nomes de militares que vão integrar o grupo e lamentou que a corporação ainda não faça parte da força-tarefa.
Em março deste ano, o governador do Estado, Renato Casagrande, assinou um termo aditivo para a inclusão das forças de segurança estaduais na Força-Tarefa. A ideia inicial era que a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp), a Polícia Militar do Espírito Santo (PMES), a Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), o Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo (CBMES) e a Secretaria da Justiça (Sejus) passassem a fazer parte da Força Tarefa, junto às Guardas-civis dos municípios da Grande Vitória.
Até então, de acordo com Eugênio Ricas, no entanto, a Polícia Militar não tem participado do compartilhamento de informações.
Ricas afirmou que a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil, Polícia Penal e as guardas civis dos municípios têm participado da Força-Tarefa.
"Bom, estamos aguardando. Acredito que o comandante-geral, Douglas Caus, deve enviar os nomes, os policiais que vão aderir ao trabalho. Estamos aguardando a Polícia Militar, aguardamos os nomes. Temos informações importantes, mas não temos informações, por exemplo, da atuação do tráfico em comunidades, de alguns traficantes. Por isso é importante que todas as forças atuem conjuntamente", afirmou o representante da PF.
Durante a entrevista à TV Gazeta, Eugênio Ricas elogiou o trabalho feito pela Força-Tarefa e explicou que o grupo é uma iniciativa do Ministério da Justiça e da Segurança Pública. Segundo o superintendente, a pasta enviou R$ 85 milhões para todas as forças-tarefas do Brasil para investimento no trabalho.
Apesar da ausência na Força-Tarefa, na data em que houve a assinatura do termo, no dia 6 de março deste ano, o comandante-geral da PMES, coronel Douglas Caus, esteve no evento e ainda falou sobre a importância do trabalho em conjunto.
“Qualquer sistema de segurança que queira estar na vanguarda tem que unir tecnologia e integração. Damos um passo importante e com certeza vamos qualificar as ações das nossas forças policiais”, comentou em março deste ano o comandante da PMES.
Procurada pela reportagem de A Gazeta para responder sobre a ausência na força-tarefa, a Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) informou que o acordo era de que os efetivos seriam selecionados pelas instituições e encaminhados para aprovação da Subsecretaria de Estado de Inteligência da Sesp, para análise de perfil.
No caso da Polícia Militar, segundo a própria corporação, os nomes foram enviados para a Sesp em junho, após seleção interna. Apesar da informação divulgada por Eugênio Ricas, a Polícia Militar informou que os nomes foram aprovados e encaminhados no início da manhã desta quarta-feira (12) para a Polícia Federal.
Mais tarde, a assessoria da Polícia Federal confirmou o recebimento dos nomes dos militares, ocorrido no final da manhã. Os policiais indicados ainda não foram apresentados e ainda não atuam na força-tarefa. Três agentes da Polícia Militar do ES foram indicados à PF.
A assessoria da Polícia Federal informou nesta tarde que os nomes dos militares foram encaminhados à PF. O texto e o título foram atualizados
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