Após o filho ter confessado que matou o pai, a nora da vítima também foi presa por envolvimento no assassinato, ocorrido em Cachoeiro de Itapemirim, região Sul do Espírito Santo. O ciclista Duramir Monteiro Silva, de 56 anos, foi dado como desaparecido em 28 de junho, mas o corpo dele foi encontrado nesta segunda-feira (4), em uma cova na cidade de Castelo, região Serrana.
Segundo a Polícia Civil, o filho da vítima, João Vitor Brito Silva, de 24 anos — que foi preso na noite de segunda — alegou que cometeu o crime após, supostamente, o pai tentar agarrar a namorada. Segundo o delegado Felipe Vivas, a namorada de João Vitor — que não teve o nome divulgado — é quem teria dado o primeiro golpe de faca contra Duramir. O filho teria seguido com os golpes.
“Ele disse em depoimento que Duramir teria tentando agarrar a companheira. Vamos apurar se esta foi a motivação ou se há outra, de cunho patrimonial. Antes, ele narra que saiu de casa no dia 28 para a Santa Casa, pois a namorada está grávida, e depois passou em uma farmácia e um bar, mas nesta segunda (4) deu outra versão”, comentou o delegado.
A mulher de João Vitor foi presa em um hotel no bairro BNH, em Cachoeiro de Itapemirim, na tarde desta terça-feira (5). Contra ela havia um mandado de prisão temporária. Apesar disso, a polícia não revelou o nome dela.
Felipe Vivas, delegado responsável pelo caso, disse que, após as diligências realizadas durante a manhã, a equipe descobriu que a suspeita de 20 anos havia mentido sobre a gravidez e tentou influenciar no depoimento da sogra como testemunha. “Em razão disso, sua prisão se tornou imprescindível para a investigação policial”, explicou.
De acordo com a polícia, a mulher não resistiu à prisão e foi encaminhada à 7ª Delegacia Regional de Cachoeiro. De lá, será levada ao Centro Prisional Feminino do município.
Para Felipe Vivas, os detalhes dos fatos contados por João Vitor apontam frieza. "São 15 anos de profissão e a frieza assusta. Chega a ser surreal. Eles mataram seu Doramir a facadas, enrolaram num lençol, em um tapete, em mais um edredom, colocaram no porta-malas do carro. Foram ao posto e compraram combustível com cartão da vítima", contou o delegado. Posteriormente, já em Castelo, o corpo de Duramir foi queimado pelos suspeitos.
De acordo com a investigação, o corpo da vítima foi levado para uma propriedade rural, em Estrela do Norte, em Castelo, e queimado em um buraco. Na segunda (4), os restos mortais de Duramir foram encaminhados ao Serviço Médico Legal de Cachoeiro de Itapemirim.
A casa onde o ciclista morava com o filho foi limpa por João Vitor e a namorada com alvejante e outros produtos de limpeza, mas a perícia da polícia acusou que havia sinais de sangue por várias partes da casa e no veículo.
A reportagem tenta localizar as defesas dos suspeitos presos.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta