Retirado de um reality show e preso há exatamente um mês, o soldado da Polícia Militar do Espírito Santo Fellipe Pedrosa Leal Villas recebeu a visita da mãe pela primeira vez no Quartel do Comando-Geral, em Maruípe, Vitória. Fellipe Villas foi preso no Estado de São Paulo no dia 12 de julho, onde participava do reality "A Grande Conquista", da Record TV. No dia 18 do mesmo mês, foi transferido para o Espírito Santo, onde segue detido. Em uma publicação no Instagram, a mãe do soldado informou a visita no Dia dos Pais foi o primeiro encontro entre os dois desde o ocorrido.
Neire, mãe do soldado capixaba, tem utilizado o perfil do filho na rede social para divulgar informações sobre ele. No domingo (11) de Dia dos Pais, ela fez uma publicação informando que visitaria o filho pela 1ª vez. "Queridos amigos e seguidores, é com grande alegria que compartilho uma notícia especial com vocês. Depois de tantos dias aguardando ansiosamente, hoje finalmente será o primeiro dia de visita ao meu amado Fellipe", escreveu.
Algumas horas depois, Neire voltou a publicar um vídeo em que falava sobre a visita. Segundo ela, Fellipe Villas está sob efeito de alguns remédios.
O soldado foi retirado do reality após a Justiça do Espírito Santo expedir um mandado de prisão preventiva contra o soldado no dia 26 de junho. A prisão foi realizada apenas duas semanas depois. Antes da prisão, em maio, o salário do soldado havia sido bloqueado, considerando que ele não se apresentou ao trabalho após o período de férias.
O soldado Fellipe Pedrosa Leal Villas foi denunciado pelo Ministério Público Militar por ter se ausentado do trabalho sem a devida autorização da corporação. O Tribunal de Justiça do Espírito Santo informa, por meio de documentos e despachos, que após a denúncia, uma audiência de julgamento foi marcada para o dia 19 de agosto. A decisão foi publicada pelo juiz Luiz Guilherme Risso no dia 31 de julho.
Não há previsão que o soldado tenha direito a sair da prisão e até a publicação desta reportagem, Fellipe Villas segue detido no QCG, em Maruípe.
Procurada pela reportagem de A Gazeta, a Associação das Praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo (Aspra-ES) informou que acompanha o caso de Fellipe Villas e que a Justiça Militar continua apurando o crime cometido pelo soldado. Ainda segundo a associação, foi aberto um procedimento administrativo, e a Justiça está seguindo os prazos dos trâmites judiciais.
"Todo apoio psicológico está sendo prestado pela nossa diretoria social; a psicóloga da associação, Jhennifer de Paula, vem assistindo ao soldado, além de receber visitas periódicas da nossa assistente social, Singrid Borges. A última visita ocorreu no dia 7 de agosto. Estamos preparados para atuar com firmeza e determinação em todas as esferas necessárias para garantir uma resolução justa e adequada deste caso", informou em nota.
A reportagem de A Gazeta procurou a Polícia Militar para saber como andam as investigações a respeito do crime cometido pelo soldado Fellipe Villas. A Gazeta perguntou se o soldado foi ouvido sobre o caso, se ele segue como um membro da corporação e se há algum prazo para que as decisões sejam tomadas, na esfera judicial e administrativa.
Em nota, a corporação informou que foi aberto um "Conselho de Disciplina em desfavor do policial militar, que poderá ocasionar a demissão" de Fellipe Villas. A corporação informou ainda que o soldado segue no QCG, podendo receber visitas agendadas em três datas distintas por mês. "Ainda não há prazo previsto para a conclusão do Conselho de Disciplina", completou a PM em nota.
Horas após a saída do soldado do reality show, uma postagem foi feita na conta dele no Instagram. Um comunicado escrito pela equipe de Fellipe Villas tratou a saída como "inesperada". A reportagem de A Gazeta tenta contato com a defesa do policial militar, que está preso.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta