Um jovem de 17 anos, armado com uma faca, invadiu uma escola municipal em Terra Vermelha, em Vila Velha, e fez uma criança refém na tarde desta quarta-feira (30). A ação aconteceu na Unidade Municipal de Ensino Fundamental (Umef) Prof. Paulo César Vinha, escola conhecida na região como Caic de Terra Vermelha. A criança foi liberada após uma hora e meia e o jovem detido. Ele é ex-aluno da escola. Ninguém ficou ferido.
A ocorrência foi inicialmente atendida pela Polícia Militar, por volta das 14h. De acordo com o major Walter, quando a PM chegou no local, o jovem estava dentro de uma sala de aula, no 2º andar do prédio, fazendo uma menina de 9 anos refém. "Ele estava segurando a menina por trás, colocava a faca no pescoço dela e fazia ameaças. Os militares isolaram o local e tentaram fazer com que ele ficasse calmo até uma equipe do Cimesp chegar", contou.
Durante a ação, pais se aglomeraram na porta da escola em busca de notícias dos filhos. O clima era de pânico e desespero. Uma dona de casa, de 32 anos, que não quis se identificar, contou que recebeu uma ligação do marido dizendo que crianças estavam sendo feitas reféns: "Eu corri para a escola desesperada, não sabia direito o que tava acontecendo. Cheguei aqui e só ouvia pessoas gritando, crianças chorando. Foi uma situação horrível", relatou.
A PM foi aos poucos liberando a saída das crianças da escola, por meio de uma porta lateral. Enquanto isso, um negociador da Companhia Independente de Missões Especiais (CIMEsp) conversava com o jovem, tentando fazer com que ele se entregasse e liberasse a menina. Após trinta minutos de negociação e uma hora e meia mantendo a criança refém, o jovem se entregou.
O jovem saiu em uma ambulância do local por volta das 15h30 e foi encaminhado para o hospital. À polícia, ele disse ter tomado duas caixas de remédio controlado. A mãe dele esteve no local e disse que o filho tem depressão. Já a criança foi amparada pelos pais, na porta da escola, e seguiu para casa. Em entrevista à reportagem, a menina declarou que a força dela "veio de Deus".
O caso foi encaminhado para a Delegacia Regional de Vila Velha. Até o início da noite a polícia aguardava a criança e família, assim como a professora para prestar depoimento.
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