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Assassinato de enfermeira no ES: Justiça prorroga prisão de ex-namorado

Assassinato de enfermeira no ES: Justiça prorroga prisão de ex-namorado

Cleilton Santana dos Santos foi capturado no dia 18 de janeiro, em cumprimento a um mandado temporário

Publicado em 16 de fevereiro de 2024 às 15:04

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Cleilton Santana dos Santos suspeito de matar a enfermeira Íris Rocha
Cleilton Santana dos Santos, suspeito de matar a enfermeira Íris Rocha. (Reprodução redes sociais)
Júlia Afonso
Repórter / [email protected]
Maria Fernanda Conti
[email protected]
Mikaella Mozer
Repórter / [email protected]

A Justiça acatou o pedido da Polícia Civil para prorrogar a prisão temporária de Cleilton Santana dos Santos, suspeito de matar a enfermeira grávida Íris Rocha, ex-namorada dele. O corpo da vítima foi encontrado no dia 11 de janeiro deste ano entre Matilde e São Bento de Urânia. O suspeito foi capturado uma semana depois.

Em nota, a Polícia Civil detalhou que "foi feito um pedido de prorrogação da prisão temporária por mais 30 dias com o objetivo de serem juntados ao inquérito policial os laudos periciais que estão pendentes. O pedido foi aceito pelo Poder Judiciário. O fato segue sob investigação da Delegacia de Polícia (DP) de Alfredo Chaves e detalhes da investigação não serão divulgados, no momento".

Íris foi encontrada morta por um policial de folga em uma estrada rural. A vítima tinha duas perfurações no tórax. Consta no boletim de ocorrência da Polícia Militar que a identificação foi difícil, já que ela estava coberta de cal – um material utilizado na construção civil. No local, foram encontradas cinco cápsulas de pistola calibre .40.

Apesar de ter sido encontrada no dia 11 de janeiro, uma quinta-feira, familiares só souberam do caso quatro dias depois, no dia 15, uma segunda-feira, quando foram reconhecer o corpo no Serviço Médico Legal (SML) de Cachoeiro de Itapemirim, também no Sul capixaba.

Prisão

Cleilton Santana dos Santos, de 27 anos, ex-namorado da vítima, foi preso no dia 18 de janeiro. O advogado Rafael Almeida, que representa o suspeito, alegou que ele o cliente seguiam para Alfredo Chaves, onde Cleilton se apresentaria às 14 horas. Durante o trajeto, porém, o carro em que os dois estavam foi abordado pela Polícia Civil no posto da PRF de Viana.

Histórico de agressões

No dia 5 de outubro de 2023, Íris registrou um boletim de ocorrência relatando que havia sofrido agressão do então namorado, Cleilton. À época, eles estavam juntos havia cinco meses, e a enfermeira estava grávida de 15 semanas. Ela relatou que os dois estavam conversando quando o homem deu um golpe de "mata-leão". A vítima chegou a desmaiar.

Quando recuperou os sentidos, ela estava com o nariz sangrando e tossindo. O próprio agressor teria dado banho na enfermeira, que depois foi trabalhar. Ao contar o que aconteceu para uma colega, Íris foi incentivada a registrar o boletim de ocorrência. Na ocasião, ela solicitou medida protetiva.

Quem era a enfermeira assassinada

A enfermeira fazia mestrado na área de Ciências Fisiológicas da Ufes, e atuava como pesquisadora no Hospital Universitário Cassiano Antonio Moraes (Hucam), na Capital. Conforme explicou a instituição, ela coordenava o estudo CV-Genes, que avalia o impacto do componente genético como fator de risco para doença cardiovascular aterosclerótica no Brasil.

Além da bebê que esperava, Íris deixou um filho de 8 anos. Durante o velório no Cemitério Jardim da Paz, na Serra, familiares contaram à TV Gazeta que a neném chegou a passar por autópsia e foi recolocada no ventre da mãe, para ser sepultada junto dela.

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