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Assassinato de grávida na casa do namorado na Serra ainda é mistério

Assassinato de grávida na casa do namorado na Serra ainda é mistério

Vítima de 23 anos foi morta a tiros após o suspeito invadir a residência; companheiro de Kimberly de Oliveira da Cruz disse que foi trancado no banheiro pelo criminoso

Publicado em 27 de março de 2024 às 08:53

Ícone - Tempo de Leitura 3min de leitura
Kimberly de Oliveira da Cruz, de 23 anos, morta a tiros na Serra
Kimberly de Oliveira da Cruz, de 23 anos, morta a tiros na Serra. (Acervo familiar)
Júlia Afonso
Repórter / [email protected]

assassinato de Kimberly de Oliveira da Cruz, de 23 anos, que estava grávida de três meses quando foi morta a tiros dentro da casa do namorado na Serra, continua sem solução. O caso ocorreu no dia 5 de outubro de 2023. À época, o companheiro dela disse que um homem desconhecido invadiu a residência, o trancou no banheiro e foi na direção da vítima, que estava na sala.

Questionada pela reportagem de A Gazeta sobre as investigações e se alguém foi preso, a Polícia Civil disse que "as diligências foram iniciadas assim que o fato ocorreu e o inquérito policial segue em andamento na Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM). Todas as diligências estão sendo realizadas dentro do prazo legal. Destacamos que os policiais estão trabalhando com afinco, todos os dias, com objetivo de prestar o melhor serviço aos parentes das vítimas, não só desse caso, mas de todos que possuem inquérito em aberto na delegacia".

Como tudo aconteceu

O namorado de Kimberly contou à polícia que se relacionava com a jovem havia seis meses. O casal descobriu que a moça estava grávida, então ele resolveu alugar uma casa para eles morarem juntos. Ela estava nesse processo de se mudar para lá: algumas vezes ficava na casa da mãe, outras, na residência do companheiro.

Após sair do trabalho, na noite do dia 4 de outubro, Kimberly foi dormir no namorado, no bairro Nova Carapina II. Eles estavam deitados em um colchão na sala quando, por volta das 3h da madrugada, um homem armado invadiu a residência.

Conforme relato do namorado à polícia, o suspeito entrou e mandou que ele fosse para o banheiro, enquanto Kimberly ficou na sala. Do banheiro, o companheiro da vítima não conseguia entender o que estava sendo dito no outro cômodo, apenas que o assassino estava fazendo várias perguntas à jovem.

A única frase que ele conseguiu ouvir de Kimberly foi quando ela disse para o suspeito: "Não faz isso comigo, não. Eu estou grávida". Mesmo com a súplica, o criminoso disparou. A vítima ficou com seis perfurações: duas no tórax, três no pescoço e uma no rosto.

Mãe contesta a versão

No dia de liberar o corpo da filha no Departamento Médico Legal (DML) de Vitória, a mãe de Kimberly conversou com a TV Gazeta. Fabíola Gomes de Oliveira contestou a versão contada pelo namorado.

"Minha filha era alegre, extrovertida, não devia nada a ninguém, não tinha inimizades, tinha muitos sonhos. Ela ia ser mãe e ele matou duas, tirou duas vidas. Não acredito na versão dele porque são muitas casas no quintal, são três casas, por que subir logo em cima, na última casa? Que assalto é esse, para não roubar nada, nem celular, e matar minha filha com tiro na cabeça? Não existe isso, é mentira", disse ela.

Namorado foi ouvido

O namorado de Kimberly prestou depoimento na delegacia na manhã do dia 5 de outubro. Na saída, ele conversou com a repórter Daniela Carla, da TV Gazeta. O jovem de 21 anos disse que não conhece o homem que invadiu a casa e acredita que tenha sido um ex-namorado da moça, por ciúmes.

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