O assessor do vereador Duda Brasil (União), Patrik Roger Correa Vieira, está entre os presos da operação da Polícia Federal que aconteceu nesta sexta-feira (1º), em Vitória. A ação mira uma organização criminosa investigada por homicídios, corrupção passiva, porte ilegal de arma de fogo e exploração do jogo do bicho no Rio de Janeiro e no Espírito Santo.
A informação foi confirmada pela Câmara de Vitória. "Informamos que tomamos conhecimento da prisão do referido servidor e que diante dos fatos apresentados, e com o objetivo de preservar a integridade das investigações em curso, a Câmara Municipal de Vitória tomou a decisão de desligar o servidor Patrik Rocha Correia Vieira do quadro de servidores da Casa. Ressaltamos que a ação do servidor em questão não reflete, de forma alguma, a conduta e o compromisso ético dos demais colaboradores desta Casa Legislativa, que continuam trabalhando incansavelmente em prol do bem-estar da população de Vitória", disse o órgão.
Patrik Roger Correa Vieira ocupava o cargo de secretário de gabinete parlamentar e foi exonerado nesta sexta-feira (1º), conforme publicado em Diário Oficial. A reportagem de A Gazeta conseguiu contato com o vereador Duda Brasil. Em nota, a assessoria respondeu apenas que "o pedido de exoneração foi feito à Câmara, na tarde de hoje. Demais informações precisam ser solicitadas à PF".
A Operação Mahyah, deflagrada pela Polícia Federal do Rio de Janeiro, tinha o objetivo de desarticular organização criminosa voltada para a prática de homicídios, corrupção passiva e porte ilegal de arma de fogo, chefiada por um banqueiro do jogo do bicho.
Os presos capixabas são suspeitos de participar dessa organização. Na casa do assessor, em Santo Antônio, Vitória, foi encontrado o valor de R$ 169.888,00. Além dos mandados de prisão preventiva, os agentes cumpriram dois mandados de busca e apreensão na Capital.
Na ação, cerca de 100 policiais federais cumpriram 13 mandados de prisão preventiva e 19 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 2ª Vara especializada em organizações criminosas do Rio de Janeiro. Os mandados foram cumpridos em municípios do estado do Rio de Janeiro e no Espírito Santo, em endereços ligados aos integrantes da organização criminosa, já denunciados pelo Ministério Público.
De acordo com a investigação, que é um desdobramento da Operação Sicários, deflagrada em dezembro de 2022, três núcleos criminosos, subordinados ao mesmo bicheiro, controlam o monopólio de jogos de azar e exploração de bingos clandestinos na Ilha do Governador, Niterói e São Gonçalo, no Rio de Janeiro, e no Espírito Santo.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta