Após a repercussão do vídeo que mostra um policial agredindo um jovem de 25 anos no bairro Jardim Tropical, na Serra, no último sábado (8), a Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar do Espírito Santo (ACS/PMBM/ES), emitiu uma nota na qual defende o militar e diz que a gravação mostra apenas parte do que aconteceu.
Segundo a associação, o policial envolvido na ocorrência, possui conduta com mais de 40 elogios na ficha e que será representado pelos advogados da entidade. "Ressaltamos que as imagens veiculadas mostram apenas uma parte do ocorrido, sendo importante averiguar todo o contexto da ocorrência para que as responsabilidades dos fatos não recaiam, apenas, sobre o policial militar", afirmou em nota enviada à TV Gazeta nesta terça-feira (11).
Ainda de acordo com a associação, os policiais foram ao local para acompanhar o fechamento de uma distribuidora, tendo a ordem acatada por todos os presentes, exceto pelo jovem agredido, que teria insultado e provocado os militares. "Ele estava bebendo na casa de um amigo antes de chegar à distribuidora, o que pode indicar que já estava bastante alcoolizado", avaliou. E continou, em nota: "o abordado ainda proferiu frases como 'vocês são frouxos', 'eu acho é pouco quando morre só um policial por dia. Por mim podia morrer 10', se referindo ao assassinato do Soldado Gildo, ocorrido dias antes em Vila Velha".
A Corregedoria da Polícia Militar informou que o caso é investigado e que os policiais que aparecem no vídeo foram afastados das funções de patrulha nas ruas e estão na área administrativa.
O QUE DIZ A DEFESA DO AGREDIDO
Em resposta ao posicionamento da ACS, o advogado Jonatan Schaider — que faz a defesa do jovem agredido — disse à TV Gazeta que repudia veementemente a nota que, segundo ele, "tenta imputar a culpa por ato unilateral do policial militar, como visto nas imagens. O jovem sequer olha para o PM".
Quanto à afirmação de que o jovem teria citado sobre o assassinato de um policial militar dias antes, o advogado disse que "ele jamais teria dito algo do tipo, pois só tomou conhecimento do fato após ter sido agredido".
Jonatan Schaider afirmou que ele e o cliente estiveram na Corregedoria da Polícia Militar na manhã desta terça-feira (11) e que foi aberto um inquérito policial sobre o caso. Ele também pretende acionar a Justiça contra o Estado pela agressão do servidor.
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