Cinco suspeitos de participarem do ataque a bancos com uso de explosivos em Santa Leopoldina, na Região Serrana do Espírito Santo, foram mortos em confronto com a polícia neste sábado (1º). Segundo a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp), o grupo foi localizado na região de Tirol, interior da cidade, em uma operação que envolveu policiais civis, Batalhão de Missões Especiais (BME) da Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal e Gerência de Inteligência da Sesp.
De acordo com a secretaria, no momento das incursões policiais, os suspeitos resistiram e houve troca de tiros. Os cinco foram baleados pelos policiais e acabaram morrendo. A polícia ainda tenta localizar, pelo menos, outros três criminosos. "Até as 11 horas da manhã, quatro fuzis foram apreendidos e as equipes continuam trabalhando", informou a Sesp.
Ainda segundo a Sesp, quatro suspeitos de envolvimento de participação no crime foram detidos na sexta-feira (30). Segundo a repórter Naiara Arpini, da TV Gazeta, as quatro pessoas são da mesma família: pai, mãe, filho e um cunhado.
As informações iniciais são de eles teriam auxiliado criminosos a levarem os carros utilizados no ataque em Santa Leopoldina para uma zona rural de Viana, onde foram abandonados e incendiados. Os suspeitos foram detidos no bairro Universal, também em Viana, e seguiam detidos neste sábado (1º) na Delegacia Patrimonial, em Vitória. A defesa da família esteve no local, mas não quis dar detalhes à reportagem.
Mais cedo, entrevista à repórter Gabriela Martins, da TV Gazeta, o secretário de Estado da Segurança, Marcio Celante, disse que um outro suspeito foi detido na região de Tirol, durante as buscas realizadas por grande efetivo policial na região, neste sábado (1º). "Fizemos todo o monitoramento durante a noite e todo o planejamento para organizar essa megaoperação. O mais importante foi termos uma resposta rápida. As forças de segurança não toleram esse tipo de ação criminosa", enfatizou. O secretário também atualizou o número de fuzis apreendidos: agora são cinco.
Durante coletiva de imprensa realizada na tarde deste sábado (1º), Celante corrigiu a informação e afirmou que quatro pessoas foram presas, todas da mesma família, e não cinco.
Nomes dos detidos, dos suspeitos mortos e dos procurados pela polícia não foram divulgados.
Tudo começou na madrugada desta sexta-feira (30), quando um grupo de homens armados invadiu a cidade. Eles fecharam ruas, atiraram contra viaturas, renderam motoristas e saquearam pelo menos três bancos, com uso de explosivos.
Os criminosos colocaram uma árvore na estrada para fechar a passagem. Depois, fizeram um caminhoneiro refém e fecharam outra estrada. Nesse momento começou o tiroteio, que deixou os moradores desesperados. Pneus de viaturas da PM que estavam estacionadas nas ruas foram furados. Os bandidos usavam touca ninja e estavam fortemente armados, como deu para ver nos vídeos feitos por câmeras de videomonitoramento.
Após os tiros, começaram as explosões. Eles jogaram granadas em três bancos: Banco do Brasil, Sicoob e Banestes. De acordo com a Defesa Civil, o Banestes foi o maior prejudicado. Em cima dele funcionava uma igreja, que vai precisar ficar completamente interditada por pelo menos 30 dias. Ainda não há informação sobre quando as agências voltarão a funcionar normalmente.
Depois de saquearem os bancos, os bandidos fugiram. Vale lembrar que o ataque aconteceu no dia do pagamento de servidores públicos, como explicou o prefeito da cidade. Policiais ocuparam as ruas. Pela manhã, uma dinamite foi encontrada dentro de uma das agências bancárias invadidas. O esquadrão antibombas foi acionado e detonou o material em uma área de vegetação da cidade.
Em seguida, dois veículos incendiados foram encontrados em uma zona rural de Viana, a 60km de Santa Leopoldina. A perícia da Polícia Civil foi até lá e constatou que os carros foram usados pela quadrilha.
Dentro de um deles, que não ficou completamente destruído, havia algumas pistas: os bandidos deixaram para trás galões de gasolina, chave de fenda, munições, chave do carro, calça, luvas e chapéu. O material foi apreendido.
A versão anterior deste texto trazia a informação de que cinco pessoas teriam sido presas, como divulgado pelo secretário de Segurança, Márcio Celante. Durante coletiva de imprensa na tarde desta sábado (1º), Celante afirmou que quatro pessoas da mesma família foram presas. O delegado Gabriel Monteiro também atualizou o número de pessoas foragidas. Segundo ele, são três indivíduos procurados pela polícia que ainda não foram presos. O texto foi atualizado.
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