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Ataques a tiros em Vitória não estão relacionados, diz secretário do ES

Ataques a tiros em Vitória não estão relacionados, diz secretário do ES

Márcio Celante destaca que prisões de lideranças do tráfico de drogas pode estar causando conflitos devido a disputas por território. Ataques deixaram três mortos em menos de 24h

Publicado em 22 de agosto de 2022 às 09:30

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Secretário Márcio Celante
Márcio Celante Weolffel, secretário estadual de segurança. (Carlos Alberto Silva)

Em menos de 24 horas, Vitória foi palco de três confrontos armados – entre a manhã de sexta-feira (19) e o início da madrugada de sábado (20), que terminaram com pessoas feridas e três mortos. Em entrevista à TV Gazeta na manhã desta segunda-feira (22), o secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, coronel Márcio Celante, afirmou que investigações preliminares apontam que os ataques a tiros na Capital não estão relacionados.

De acordo com o secretário, há um trabalho intenso de investigação dos crimes, sendo que alguns deles são motivados pelo tráfico de drogas. Márcio Celante explicou que quando lideranças do tráfico de drogas são presas, há uma busca por tomada de território, levando aos registros de ataques a tiros, por exemplo.

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Tivemos nos últimos 15 dias a Operação Sicário, em que 10 lideranças foram presas. E quando acontece prisão de liderança, ocorre um vácuo no local. A busca por tomar território geralmente gera confrontos, ferindo pessoas inocentes. Em uma preliminar investigação, (ataques a tiros) não foi uma ação coordenada

Márcio Celante
Secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social
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Os ataques aconteceram em:

A Capital não é a única cidade com registros de ataques a tiros e inocentes feridos nos últimos dias. No sábado (20), quatro pessoas foram mortas no intervalo de 30 minutos em ocorrências na Serra, em Cariacica e em Vila Velha. As vítimas eram homens, mortos a tiros – exceção um, agredido e morto com pauladas na cabeça.

O secretário valorizou o trabalho da polícia na prisão de lideranças. Segundo Márcio Celante, quando esses indivíduos são presos, há um trabalho de saturação nos locais. A ideia é que a polícia esteja presente, evitando que grupos rivais aproveitem o "vácuo" ou revidem ataques.

"Estamos, nos primeiros sete meses do ano, com uma redução de 10% no número de homicídios. É a menor quantidade de homicídios no período em uma série de 26 anos. São 70 homicídios a menos que no mesmo período do ano passado", detalha.

No entanto, a sensação de segurança não acompanha a redução dos números, segundo o secretário. Márcio Celante afirma que questões sociais precisam entrar no debate. "A segurança pública não pode ser responsabilidade apenas das polícias Militar e Civil. Há questões sociais que precisam ser colocados na mesa", diz.

SECRETÁRIO DE VITÓRIA CITA QUESTÕES SOCIAIS E INTELIGÊNCIA

Segundo o secretário Municipal de Segurança Urbana de Vitória, major Paolo Quintino de Lima, a Guarda Municipal tem trabalhado de forma eficaz com auxílio de recursos de inteligência. O chefe da pasta reforça, no entanto, que combate a grupos criminosos é trabalho das polícias, geridas pelo Estado.

Perguntado sobre estratégia para combater o tráfico de drogas e levar mais segurança para as pessoas, o secretário ressaltou a importância da educação.

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A estratégia é simples: educação. É o que tem feito a gestão atual. Estive pessoalmente no Morro do Romão, onde há uma escola fechada há dez anos. É jovem na escola, esporte para a comunidade. Isso vai afetar na segurança pública. Quanto mais ação social, mais reflexo na segurança pública

Paolo Quintino de Lima
Secretário Municipal de Segurança Urbana de Vitória
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De acordo com Quintino, a Guarda Municipal tem trabalhado pelo bem do município, em meio aos ataques a tiros registrados nos últimos dias.

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