“Até quando vão criar cadeia e contratar polícia se o simples é só dar educação?”. O questionamento, com tom de revolta, é do tio do jovem de Ronald da Silva Modesto logo após ele receber a notícia da morte do sobrinho nesta segunda-feira (6). Para o tio, que é um empresário de 58 anos, é necessário aplicar nas escolas matérias que eduquem para criar uma nova juventude.
Ronald teve morte cerebral anunciada na tarde desta quarta-feira (6), dois dias após ser baleado na cabeça e ficar em coma induzido no Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves, na Serra. O crime aconteceu na noite de segunda-feira (6), no Bairro das Laranjeiras, na Serra, após carro onde ele estava ser abordado por um suspeito armado, que começou a disparar quando o veículo acelerou
“Se tivéssemos desde o fundamental, desde criança, aula de cidadania e criminalidade, ensinando que tudo que a gente comete, de quebrar vidraça, por exemplo, é errado, e se tivéssemos matéria escolar onde a pessoa possa aprender isso, pode ter certeza que não ia ter esse tanto de bandido que tem aí”, desabafou o tio.
Segundo o empresário, o ensino leva ainda a cultura, que para ele, é outro ‘buraco’ que precisa ser preenchido dentro da sociedade. Com ela, é possível criar identidade entre os jovens, além de incentivar a boas escolhas e auxiliar a mudar a situação de insegurança.
Com o investimento em estudos, o tio de Ronald vê um mundo com menos cadeia penitenciária e mais segurança. “O que está podre, está podre, o que vem daqui para frente é broto novo”.
A sensação deixada no empresário após ter passado por um ataque de tiros, levar o sobrinho para o hospital e ter recebido a notícia da morte cerebral do jovem, é de que todos vivem em uma guerra.
“Estamos no Iraque, na Árabia Saudita? Perdemos um jovem que tava cinco dias trabalhando comigo e você pega pela perna com botina, perna suja de trabalho para levar para pronto socorro. Tem que fazer algo, ele veio para trabalhar e doido para estudar”, desabafou.
O tiro que acertou a cabeça e matou o jovem de 19 anos Ronald da Silva Modesto, inicialmente, iria acertar o tio dele, que o acompanhava. Em entrevista ao repórter André Falcão, da TV Gazeta, o familiar contou que no momento em que o criminoso estava atirando em direção ao carro, ele abaixou para fugir dos disparos, e a bala acabou acertando a cabeça do sobrinho.
Ronald morreu após ser baleado na cabeça e ficar dois dias em coma induzido no Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves, também na Serra. O crime aconteceu na noite de segunda-feira (6), no Bairro das Laranjeiras, na Serra, após carro onde ele estava ser abordado por um suspeito armado, que começou a disparar quando o veículo acelerou.
Emocionado, o parente do jovem assassinado durante a noite de segunda-feira (6) contou que, em um primeiro momento, achou que a bala que acertou Ronald tinha sido uma das que também tinham atingido o carro.
“Na verdade, na maneira que a bala entrou na cabeça dele o camarada deu, na verdade, na minha cabeça e no momento eu abaixei e acertou o meu sobrinho”, explicou o tio.
A certeza vem da análise de onde entrou e saiu a bala que atingiu o jovem. Segundo o empresário, ela entrou na lateral esquerda e saiu pela direita. “Então, ele estava sentado ao meu lado, foi o momento que ele tava atirando e eu abaixei e pegou na cabeça dele”, contou.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta