Aconteceu de novo, e provavelmente não será a última vez. Na noite desta segunda-feira (28), um adolescente de 16 anos foi abordado por um criminoso na frente da garagem do prédio onde mora, na Rodovia do Sol, em Itaparica, em Vila Velha, e teve a bicicleta levada pelo assaltante. A cena foi só mais uma das muitas do tipo que deixam comerciantes e moradores da região receosos.
O caso em questão ocorreu por volta das 18h, em um horário de intensa movimentação na rodovia que passa em frente ao Edifício Vernazza. Dias antes, no mesmo prédio, o salão de beleza instalado em um dos pontos comerciais no térreo, foi arrombado na madrugada do último dia 18. Ao forçar a porta de vidro, o criminoso entra, abre uma gaveta e carrega um equipamento.
Diante do ocorrido com os dois casos recentes, o síndico do prédio compartilhou as imagens no grupo de síndicos da região, sendo que são unânimes em relação à insegurança nesta área de Vila Velha.
"Com esse roubo de ontem, joguei as imagens no grupo e os demais síndicos dizem também passar pelas mesmas situações. São muitos arrombamentos, assaltos e prejuízos causados. As ações ocorrem muito rapidamente e geralmente de madrugada. No caso do garoto, ele reagiu e conseguiu recuperar a bicicleta com a ajuda de um amigo, mas sabemos que reagir aumenta os riscos. A gente vive esse clima de insegurança constante por aqui", explicou o síndico.
A reclamação de Ronaldo e dos demais representantes dos condomínios recai sobre o policiamento e patrulhamento na região. Segundo o síndico, existe uma cobertura policial, mas insuficiente para coibir os assaltos ou transmitir segurança para condôminos e comerciantes.
"Nós vemos viaturas passando vez ou outra, mas a periodicidade é pouca. Com uma ação mais efetiva, acreditamos que os crimes poderiam diminuir, pois a presença da polícia dificulta estas ações. Fazemos os boletins, mas pouco muda", complementou Ronaldo Martins.
Assim como ele, outros dois síndicos conversaram com a repórter Priciele Venturini, da TV Gazeta, nesta terça-feira (29). Para Cléber Magno Alexandre, é necessária uma resposta do poder público sobre o aumento dos episódios criminosos no bairro.
Já a síndica Rosa Maria Ferreira relata que também foi vítima de assalto na região. "Aconteceu comigo há aproximadamente um mês, na praia, às 10h30 da manhã. Fui rendida por dois 'pivetes'. Aqui na orla está acontecendo muito, ninguém mais tem paz para sair de casa. Nem mesmo mãe levando filho em creche de manhã, por volta de 11h. Estão assaltando, levando bolsa e celular, não respeitam ninguém", disse.
Para a dona de casa Claudia Fabris, os episódios têm sido frequentes. "Está tendo muito roubo mesmo. Esses dias minha vizinha desceu e os caras estavam tão bem armados, com armas pesadas, mesmo sendo durante o dia", relatou. Outro morador, o técnico de logística Leonardo Rodrigues, admitiu que não tem sequer coragem de sair com dinheiro ou celular de casa.
A reportagem de A Gazeta procurou a Polícia Militar e questionou sobre o policiamento na região. Em nota, a assessoria informou que toda a região conta com patrulhamento preventivo dia e noite. Além disso, constantes operações de policiamento ostensivo, como pontos base, abordagens e cercos táticos, são desenvolvidas no local.
No entanto, salienta a PM, o policiamento é dinâmico e não é possível cobrir todo o território, assim, indivíduos motivados à prática criminal se aproveitam das oportunidades para agir. Por isso, a PM conta sempre com a comunidade para que uma viatura seja acionada imediatamente, via Ciodes (190), em casos de suspeita ou crime em andamento.
A Polícia Militar destaca ainda que o comando da 2ª Companhia do 4º Batalhão está à disposição da liderança comunitária e também da comunidade para ouvir as sugestões e esclarecer como é realizado o policiamento no local.
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