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Bandidos aplicam golpe do 'Posso ajudar?' em banco de Pancas

Bandidos aplicam golpe do "Posso ajudar?" em banco de Pancas

Para agir, os estelionatários usam crachás e se passam por funcionários, oferecem ajuda às vítimas para mexer no caixa eletrônico e conseguem enganar os clientes, trocando cartões, pegando senhas e fazendo saques milionários.

Publicado em 4 de julho de 2019 às 13:14

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Bem vestido, suspeito usa camisa social, calça social e sapato preto. (Reprodução)

Moradores de Pancas, na região Noroeste do Estado, caíram em um golpe aplicado por criminosos em uma agência bancária do município. Um funcionário do Banestes percebeu que diversos correntistas caíram na lábia dos suspeitos e acionou a Polícia Militar nesta quarta-feira (03).

Segundo a PM, o funcionário contou que uma fraude estava sendo aplicada na cidade contra os correntistas do banco. Os clientes relatavam que recebiam uma ligação telefônica informando que o cartão havia sido clonado e deveria ser entregue a um enviado da agência para ser recolhido. De posse dos cartões, os golpistas sacavam dinheiro das contas bancárias das vítimas. Uma senhora caiu no golpe e teve R$ 4 mil retirados de sua conta.

Bandidos aplicam golpe do motoboy em banco de Pancas

Os clientes contaram que uma mulher faz a ligação, um homem vai à casa das vítimas para buscar os cartões e outro homem realiza os saques. Câmeras de videomonitoramento das agências chegaram a flagrar um dos golpistas circulando pelo banco (foto acima). Bem vestido, ele usa camisa social, calça social e sapato preto.

A Polícia Militar informou que realizou buscas pelo suspeito identificado através das câmeras de segurança, mas ele não foi localizado (como não há confirmação do homem no golpe, o rosto dele foi desfocado). As vítimas foram orientadas a registrar a ocorrência em uma delegacia, para que os casos sejam investigados.

Em nota, a Polícia Civil fez a mesma orientação: as vítimas deste tipo de crime devem registrar a ocorrência em qualquer delegacia, munidas de todo material que comprove o crime e que auxilie a polícia no trabalho de investigação. Denúncias também podem ser feitas através do Disque-Denúncia 181 ou pelo site disquedenuncia181.es.gov.br, o sigilo e o anonimato são garantidos.

“Se não teve detido em flagrante pela Polícia Militar ou Guarda Municipal, e a vítima registrou o boletim na Delegacia, o caso será investigado pela Polícia Civil”, finaliza a nota.

BANESTES

Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa do Banestes respondeu que o golpe do motoboy ocorre através de engenharia social, com a entrega dos cartões e senhas pelo próprio cliente aos golpistas, em uma modalidade que tem ocorrido em todo o país.

“Clientes de todos os bancos têm sido alvo da atividade dos golpistas. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) realiza ações em prol da conscientização de toda a população para mitigar as ocorrências de variados tipos de golpes, inclusive o golpe do motoboy”, diz a nota.

Além disso, o Banestes destacou que os cartões e as senhas devem ser de posse exclusiva do cliente, que não devem entregá-los ou cedê-los em nenhuma hipótese.

“Nenhum banco solicita a entrega de cartões ou senhas em qualquer atendimento pessoal ou telefônico. O Banestes tem tomado as providências pertinentes, com ações de conscientização em andamento, buscando a orientação adequada dos clientes”, ressalta a nota.

OUTROS CASOS NO PAÍS E NO ES

Golpistas enganam correntistas de banco no Espírito Santo. (Reprodução/Fantástico)

"Posso ajudar?". A frase comum dita por funcionários de bancos virou nome de golpe. Quadrilhas especializadas estão enganando vítimas por todo Brasil, inclusive em agências da Grande Vitória. Para agir, os estelionatários usam crachás passando-se por funcionários, oferecem ajuda às vítimas para mexer no caixa eletrônico e conseguem enganar os clientes, trocando cartões, pegando senhas e fazendo saques milionários. 

> Conheça os golpes que mais fazem vítimas no Espírito Santo

O golpe do "posso ajudar" foi mostrado pelo Fantástico (TV Globo), na noite do último domingo (30). Para o crime, os estelionatários agem muito rápido e conseguem trocar o cartão do banco da vítima por outro falso em segundos. As quadrilhas também são rápidas para sumir com o dinheiro e fazer a limpa na conta. Na ação, os ladrões fingem que são funcionários do banco, com crachá e tudo, e agem dentro das agências.

Golpe do ENTITY_quot_ENTITYPosso ajudar?ENTITY_quot_ENTITY faz vítimas em bancos no Espírito Santo

Câmeras de videomonitoramento mostraram a movimentação dos criminosos. Em uma delas é possível ver que o bandido mostra e esconde o crachá falso a todo momento. Para despistar os verdadeiros funcionários e seguranças, ele esconde o crachá e finge ser cliente. Já na hora de agir e abordar vítimas, deixa o crachá à mostra.

ESPÍRITO SANTO

Em Santa Catarina, no Sul do país, por exemplo, três estelionatários de uma organização criminosa foram presos preventivamente. Mas a polícia já identificou a participação de pelo menos dez pessoas. Já no Espírito Santo, os criminosos praticam o mesmo golpe e ninguém foi preso até agora.

De acordo com a Polícia Civil, a quadrilha age em agências da Grande Vitória, prefere locais movimentados e aborda principalmente os idosos. O truque é provocar confusão: o falso funcionário leva e volta com o cliente em mais de um caixa eletrônico. Em uma das imagens é possível perceber que o estelionatário troca a vítima tantas vezes de caixa que ela não percebe que largou um dos terminais abertos com a senha digitada, deixando o caminho livre pros bandidos.

Câmeras de videomonitoramento mostraram a movimentação dos criminosos. (Reprodução/Fantástico)

"A gente percebe que o comparsa dele consegue movimentar a conta da cliente sem qualquer dificuldade. Ele consegue fazer o que quiser", contou a delegada Rhaiana Bremenkamp, titular da Delegacia de Defraudações (Defa) de Vitória. 

Grupo criava empresas de fachada para dar golpe com planos de saúde

Ainda segundo a polícia, quando os bandidos depararam-se com uma vítima que não tinha dinheiro na conta, eles ainda tiveram a audácia de fazer um empréstimo no nome dela, de R$ 34 mil. Uma das vítimas, a aposentada Maria Luisa Mendes do Amaral, contou que ficou traumatizada.

"Eles teclavam muito loucamente. Eu fiquei meio atrapalhada e ele tirou R$ 1.500 do meu lado, sem eu perceber. Aquela agência eu não sei mais se consigo entrar. Só de pensar me vem tudo aqui na cabeça e sinto muito medo", afirma. 

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Nenhuma vítima ficou sem o dinheiro roubado. Os bancos devolveram tudo e assumiram o prejuízo. A Caixa diz que faz o mapeamento e monitoramento das quadrilhas junto com os órgão de segurança. Já a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) informou que o setor investe 9 bilhões de reais por ano em segurança, o que inclui monitorar as áreas de atendimento. 

Com informações do Fantástico

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