Um médico legista da Polícia Civil teve a casa, na Ilha do Boi, em Vitória, invadida por criminosos. Ele foi feito refém – junto com a esposa e os três filhos – na noite desta quinta-feira (4). Segundo informações da ocorrência da Polícia Militar, os suspeitos afirmaram serem integrantes de uma facção criminosa e roubaram joias que estavam dentro de um cofre, uma pistola com 16 munições, um notebook e um carro modelo Ford Ka.
Em entrevista ao repórter Diony Silva, da TV Gazeta, o médico legista Leonardo Lessa contou que chegou em casa e foi surpreendido pelos criminosos. Segundo a vítima, dois criminosos imobilizaram e amarraram as crianças, perguntando constantemente à esposa dele sobre objetos de valor. Um deles estaria armado com uma metralhadora de fabricação caseira, conforme relato da vítima.
"Eles chegaram de maneira agressiva, imobilizando as crianças, de surpresa. Perguntando sobre cofre, bens, joias, informações sobre minha esposa, sobre mim, que horas eu chegava. Eu cheguei em casa eram 20h, eles ficaram uma hora com os meninos. Não percebi nada de diferente. Abri a porta, fui rendido por um deles, que portava uma metralhadora caseira. Não tinha o que fazer. É uma sensação de insegurança, de impotência", disse.
Conforme o registro feito pela Polícia Militar, os criminosos fizeram ameaças, dizendo integrarem a facção criminosa Trem Bala, braço armado do Primeiro Comando de Vitória. À TV Gazeta, Lessa disse que teve medo de ser identificado como policial. Os homens o reconheceram, mas não feriram nem ele, nem a família dele.
"O tempo todo eles queriam bens materiais, onde estava o cofre, joias, celulares. Eu estava armado. Meu medo, por ser policial, era que eles reconhecessem. Eles reconheceram, mas foi 'tranquilo'. Minha arma foi roubada e eles falaram ‘fiquem tranquilos que não vamos fazer nada com vocês’", acrescentou.
Segundo a vítima, os criminosos fugiram cerca de duas horas após a invasão à residência. Lessa contou que um carro estava do lado de fora da casa, dando apoio aos assaltantes.
O registro da ocorrência descreve que a Polícia Militar fez buscas pelas proximidades do local do crime, mas não encontrou nenhum suspeito.
A reportagem de A Gazeta demandou a Polícia Militar e a Polícia Civil para saber mais detalhes sobre o caso. Assim que houver retorno, este texto será atualizado.
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