Um motorista viveu momentos de terror entre a noite de domingo (2) e madrugada desta segunda-feira (3), na Serra. Ele foi feito refém, sob a mira de uma arma, por bandidos que queriam levar a carga do caminhão. Mesmo após o veículo ser bloqueado, já que tinha rastreio, os criminosos continuaram rodando com a vítima por horas, dizendo que iriam matá-la.
Conforme apuração da reportagem da TV Gazeta, a carga tinha saído de Jarinu, no interior de São Paulo, com destino a uma empresa de medicamentos em Portal de Jacaraípe, na Serra. Por volta das 21h30, o motorista chegou, desceu do veículo para fazer a liberação na guarita e, já na volta para o caminhão, foi abordado.
O bandido mandou o motorista dirigir até o final da rua, onde havia outro comparsa. O segundo suspeito entrou no veículo e a vítima foi obrigada a ficar deitada de bruços enquanto ouvia ameaças. O objetivo dos ladrões era separar o "cavalinho" do baú, para que o semirreboque fosse passado com a carga para outro caminhão, que vinha atrás.
"Quando eles tentaram separar o 'cavalo' do semirreboque, que eles acharam que tinha dado certo, eles me obrigaram de novo a dar partida no veículo e eu trouxe ele até o farol, onde o caminhão bloqueou", relatou o motorista, em entrevista à TV Gazeta.
O caminhão "travou" porque a empresa tem rastreador nos veículos, que os bloqueia caso eles saiam da rota. Sem poder seguir com o veículo e sem a carga, eles mandaram o motorista descer. Ele estava na altura da Rotatória do Ó, em Civit II.
"Mandaram eu correr sem olhar para trás. Quando eu vi, eles já estavam me empurrando de novo para o outro caminhão (o que seguia os criminosos desde o início do assalto)", relatou a vítima.
Novamente refém e sob ameaças, os bandidos rodaram com ele até a BR 101. Lá, dois criminosos desceram com o motorista e o jogaram dentro de um carro.
Já de madrugada, eles mandaram o motorista descer do carro e ir andando, de costa para os bandidos. "Essa hora eu só pensei que ia morrer. Quando eu vi, eles já tinham dado ré e saíram fora", detalhou o caminhoneiro.
A vítima, que não é do Espírito Santo, não sabia exatamente onde estava, então começou a andar até encontrar um rapaz, que o ajudou e ligou para a polícia.
Na manhã desta segunda-feira, o caminhão ainda estava na Rotatória do Ó, mas representantes da empresa já estavam no local. O gestor de frota da empresa informou à TV Gazeta que eles estão dando todo o suporte à vítima.
Em nota, a Polícia Civil disse que "orienta que vítimas desse tipo de ocorrência realizem o registro, podendo comparecer pessoalmente a uma delegacia ou efetuar o registro por meio da Delegacia Online. Se a vítima tiver registrado um boletim de ocorrência em uma delegacia ou pela internet, o caso está em processo de investigação por uma unidade policial".
*Com informações da repórter Priciele Venturini, da TV Gazeta
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