A noite da última terça-feira (23) foi de terror para uma moradora do bairro Alecrim, em Vila Velha, e os filhos, de dois e cinco anos. Enquanto dormiam, cerca de 20 criminosos se passaram ser policiais civis, cercaram e invadiram a casa. Segundo a vítima, que não quis se identificar, eles procuravam duas mulheres que não vivem no local. O imóvel, na verdade, é alugado e pertence a um investigador da Polícia Civil.
A dupla procurada teria envolvimento com o tráfico de drogas e já morou na região, conforme apuração do repórter Caíque Verli, da TV Gazeta. Além da residência da vítima, o grupo entrou em outras duas moradias e abordaram motoristas na rua.
“Escutamos muito barulho e pessoas falando 'é a polícia, é a polícia'. Começaram a quebrar a janela, tentaram arrombar duas portas. Uma eles não conseguiram, só quebraram, e a outra invadiram. A todo momento perguntavam ‘cadê as meninas?’”, explicou a mulher.
Apesar de negar conhecer quem procuravam, oito dos criminosos continuaram a entrar nos cômodos em busca delas. O restante do grupo permaneceu do lado de fora, em vigia. Encapuzados e com armas, a maior preocupação da mãe era com os filhos.
“Foi horrível! Muitos gritos, desespero e eu só pensava neles. Deus é tão maravilhoso que eles ficaram tranquilos, só eu fiquei preocupada. Não fizeram nada com a gente, mas só de entrar encapuzados e fortemente armados, armas pesadas dentro de casa é de assustar”, desabafou.
Apesar de já viver a muitos anos em Alecrim, a família estava na casa onde foram atacados há somente seis meses. O local onde vivem é alugado pelo investigador da Polícia Civil Paulo Asafe, que afirmou ter sido uma situação de repressão.
“Eles querem, na verdade, impor o terror e o medo para dominar a comunidade e não vamos permitir que seja dominada de forma alguma. Vamos pedir todas as medidas cabíveis e ir para cima deles”, afirmou o investigador.
Agora, a vítima repensa continuar não só no imóvel, mas também no bairro onde nasceu e cresceu. “Nunca tinha vivido essa situação antes e já penso em sair daqui”, contou.
Em nota, a Polícia Civil informou que o caso segue sob investigação do 9º Distrito Policial de Vila Velha. "Até o momento nenhum suspeito foi detido e informações que possam auxiliar no trabalho de investigação podem ser passadas de forma sigilosa por meio do Disque-Denúncia 181 ou pelo disquedenuncia181.es.gov.br, onde é possível anexar imagens e vídeos de ações criminosas", explicou a corporação.
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