Um policial militar da reserva se envolveu em uma confusão em razão de um barulho que teria sido provocado por vizinhos dele na tarde de domingo (15) durante uma obra na residência, localizada em Praia das Gaivotas, Vila Velha. De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Militar, vizinhos relataram ter escutado um disparo de arma de fogo, que supostamente teria sido efetuado pelo militar. O vidro da varanda teria sido atingido por um dos disparos, e os estilhaços ficaram caídos na calçada.
Em entrevista ao repórter Caique Verli, da TV Gazeta, a empresária que mora com o marido e os filhos no local relatou que, horas antes dos disparos, um coronel da reserva da Polícia Militar teria discutido com a família dela. O motivo da discussão era um barulho de uma obra na casa da família. Segundo a mulher, que preferiu não se identificar, o coronel teria ameaçado atirar na residência caso o barulho não parasse.
O coronel da reserva mora em frente à casa da família. A TV Gazeta tentou falar com o policial, mas não conseguiu contato. Segundo apurado pela TV Gazeta, o policial já foi subcomandante-geral da Polícia Militar no Espírito Santo.
A empresária relatou que não teria sido ouvida na delegacia. "Os policiais fizeram o boletim de ocorrência, eu recebi uma cópia. Mas ninguém me ouviu, fiquei esperando até as 2h", afirmou.
Os militares chegaram a entrar na casa atingida, mas não passaram nenhuma informação à imprensa. No boletim de ocorrência, há a informação de que nenhuma cápsula de arma de fogo foi encontrada na rua, tampouco na residência. O policial da reserva, em contato com a PM, negou que tenha atirado, mas contou que foi ameaçado pelos vizinhos.
Procurada pela reportagem de A Gazeta, a Polícia Militar limitou-se a informar que "as pessoas que se sentiram ameaçadas ou ofendidas foram atendidas e encaminhadas à delegacia". Segundo a corporação, o fato será investigado pela autoridade policial. A nota da Polícia Militar não traz qualquer citação ao tiro que teria sido disparado. A corporação ainda completou a nota dizendo que, no âmbito interno, irá "adotar os procedimentos necessários para analisar os fatos e apurar a conduta do militar da Reserva Remunerada envolvido na ocorrência".
Algumas perguntas não foram respondidas. A Gazeta questionou a Polícia Militar, por exemplo, se a motivação da briga foi mesmo o barulho de obra, se houve disparo de arma de fogo e se o coronel ameaçou ou foi ameaçado pelos vizinhos. Em mais de uma oportunidade, a reportagem perguntou se os envolvidos foram encaminhados à delegacia.
A Polícia Civil informou que a ocorrência foi entregue na Delegacia Regional de Vila Velha sem conduzidos. Ainda segundo a Polícia Civil, uma perícia foi solicitada no local dos fatos e a ocorrência foi encaminhada ao 7º Distrito Policial de Vila Velha.
"As circunstâncias do fato, bem como a autoria, serão apuradas pelo 7º Distrito Policial de Vila Velha. Não há detalhes da investigação que possam ser repassados, no momento", informou a Polícia Civil.
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