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Bebê foi morto no ES em 'ritual como oferenda ao diabo', diz polícia

Bebê foi morto no ES em 'ritual como oferenda ao diabo', diz polícia

Criança de apenas três meses foi morta no dia 22 de julho pelos próprios pais, ambos indiciados por homicídio triplamente qualificado

Publicado em 5 de agosto de 2024 às 16:45

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Uma bebê de apenas três meses, morta no dia 22 de julho pelos próprios pais, foi asfixiada com o objetivo de praticar um ritual de magia, em que sacrificaram a criança como oferenda ao diabo. Foi o que concluiu o inquérito policial divulgado pela Polícia Civil nesta segunda-feira (5). Segundo a corporação, o casal foi indiciado por homicídio triplamente qualificado. O fato aconteceu no bairro Vila Vicente, em Barra de São Francisco, no Noroeste do Espírito Santo

Na época do crime, os pais da bebê, um jovem de 21 anos e uma adolescente, de 17 anos, que não tiveram as identidades divulgadas, foram detidos. Ambos apresentaram versões diferentes do crime. 

Versão da mãe

Aos policiais, a adolescente disse que na noite do dia 21 de julho, após chegar da igreja, teve uma discussão porque o companheiro teria ido para casa sem a esperar. Devido à briga, ela disse que não queria dormir com o jovem e estendeu um cobertor no chão do quarto do casal, onde teria dormido com o bebê.

Por volta da meia-noite, devido ao frio, ela disse que se levantou, agasalhou a filha e a colocou na cama onde deitou com o companheiro. Por volta das 6h30, a adolescente relatou que acordou e se levantou. Ainda conforme a versão da adolescente aos policiais, ela ligou para um taxista querendo saber o valor do serviço para levá-la à cidade de Teixeira de Freitas, na Bahia. Em seguida, foi ao quarto onde o jovem já estava acordado e a filha dormindo.

A menor contou que foi acordar a bebê e viu que a cabeça dela estava com edema e o nariz escorrendo sangue. Ela teria chamado o companheiro, que gritou pela vizinha — que é proprietária do imóvel e reside na parte térrea do imóvel.

Versão do pai

Já o jovem afirmou que após chegar da igreja discutiu com a adolescente devido ao ciúme dela. Após a briga, a companheira foi dormir no chão do quarto com a criança, contudo, ele contou que teria ficado monitorando as duas. Passado um tempo, o homem disse que teria chamado a menor de idade para deitar na cama com a filha porque estava muito frio e a bebê estava chorando. Por volta das 6h, ele acordou e viu que a adolescente estava deitada na cama sobre a filha, mexendo no celular.

De acordo com a versão do jovem, ele tirou a companheira de cima da filha, correu para abrir o portão e pedir socorro. Ele disse que embora a menina tivesse o costume de acordar constantemente durante a madrugada, não escutou a filha chorar naquela noite. Ele contou ainda que a companheira entregou a bebê à vizinha para ajudar a socorrê-la.

Esta mulher disse que a menina, aparentemente, não estava respirando e a colocou sobre a calçada após perceber que a bebê estava com o rosto arroxeado e com secreção no nariz.

'Oferenda ao diabo'

De acordo com o delegado adjunto da Delegacia Regional de Barra de São Francisco, Daniel Azevedo, no desenrolar das investigações do caso, ficou demonstrado que "os pais da criança a asfixiaram para praticar um ritual de magia, em que sacrificaram o bebê como oferenda ao diabo", contou. 

Aspas de citação

Uma testemunha nos relatou que a mãe ligou para ela momentos antes dizendo que iria sacrificar a criança. Um tempo depois, ela telefonou novamente informando que havia concretizado o crime

Daniel Azevedo
Delegado adjunto da Delegacia Regional de Barra de São Francisco
Aspas de citação

Segundo a Polícia Civil, o jovem de 21 anos foi indiciado por homicídio triplamente qualificado cometido por motivo torpe, asfixia e contra menor de 14 anos. A adolescente, por sua vez, foi indiciada por ato infracional análogo aos mesmos crimes. O homem encontra-se preso e a adolescente internada na Unidade Feminina de Internação (UFI).

Após a conclusão do caso, o inquérito policial foi relatado ao Ministério Público do Espírito Santo (MPES), que decidirá se oferece denúncia ou não durante a ação penal. 

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