Os acusados de participarem do assassinato do adolescente Eric Souza Casati, de 17 anos, e de ferir outras três pessoas no bairro Santa Lúcia, em Cariacica, no final de setembro, estavam em um bar, em uma noite de bebedeira regada a álcool e drogas horas antes do crime. A informação foi confirmada pelo delegado Eduardo Khaddour, da DHPP de Cariacica, durante coletiva na tarde desta sexta-feira (11).
"Felipe e Diego estavam no bar conversando, usando drogas e ingerindo bebida alcoólica e, naquele momento, resolveram cometer esse crime, bolaram toda a dinâmica. Diego falou que foi acompanhando o Felipe sem saber a real intenção dele. Em razão disso, dentro da casa teve todo o desenrolar dos fatos e ele acabou vitimando o adolescente", detalhou.
O delegado disse, ainda, que Diego não falou os motivos pelo qual se apresentou à polícia mas que ele tomou ciência de que estava com um mandado de prisão, descreveu como foi o crime e, com isso, a polícia confirmou o que já tinham nos autos.
"Depois da bebedeira, Felipe fez o convite para ir até a casa das vítimas. Passaram antes na casa do Felipe, se apossaram de um facão e uma faca e, em razão disso, foram até o local e cometeram o crime", completou Khaddour.
Questionado se Diego foi recompensado de alguma forma por matar Eric e por participar do crime, o delegado contou que ele não recebeu nenhuma quantia ou pagamento pelo que foi feito.
Diego foi até à Delegacia de Cobilância, em Vila Velha, na intenção de se apresentar à polícia mas lá, foi informado de que não poderia ser preso. Em conversa com a reportagem de A Gazeta, a mãe do homem, uma dona de casa de 58 anos, explicou.
"Os policiais nos informaram que não acharam o mandado de prisão do meu filho e que, por isso, não podiam prender le. Aí mandaram a gente ir hoje para a DHPP de Cariacica. Aí a gente veio", disse.
O delegado Eduardo Khaddour explicou que o mandado de prisão de Diego estava constando como restrito, então não apareceu no sistema da delegacia em que ele foi inicialmente. "Ele não nos relatou se a mãe teve alguma influência mas provavelmente sim, porque fomos na casa dela algumas vezes e explicamos a situação para os parentes".
Em depoimento à polícia, Diego se mostrou uma pessoa fria e tranquila e, segundo o delegado, em nenhum momento se arrependeu do crime que cometeu. Ele será encaminhado ao Centro de Triagem de Viana e está à disposição da Justiça.
Diego já tinha passagem pela polícia por tráfico de drogas. O delegado afirma que a polícia continua atrás de Felipe Ted Christo Caleffi, de 32 anos, e pede apoio da população para que denunciem pelo Disque-Denúncia no 181. "Não vamos medir esforços para localizá-lo e capturá-lo", finalizou.
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