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Bebedeira e uso de drogas horas antes de assassinato em Cariacica

Bebedeira e uso de drogas horas antes de assassinato em Cariacica

Diego Quaresma, vulgo Nego, de 36 anos, e Felipe Ted Christo Caleffi, de 32 anos, estavam em um bar ingerindo bebida alcoólica e usando drogas antes de matar o adolescente Eric Souza Casati, que foi atingido no pescoço com uma faca em setembro deste ano

Publicado em 11 de outubro de 2019 às 17:02

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Felipe Ted Christo Caleffi, 32 anos, e Diego Mendes Quaresma, vulgo Nego, 36 anos, são acusados de matar jovem em Cariacica. (Divulgação)

Os acusados de participarem do assassinato do adolescente Eric Souza Casati, de 17 anos, e de ferir outras três pessoas no bairro Santa Lúcia, em Cariacica, no final de setembro, estavam em um bar, em uma noite de bebedeira regada a álcool e drogas horas antes do crime. A informação foi confirmada pelo delegado Eduardo Khaddour, da DHPP de Cariacica, durante coletiva na tarde desta sexta-feira (11).

Delegado Eduardo Khaddour. (Isaac Ribeiro)

"Felipe e Diego estavam no bar conversando, usando drogas e ingerindo bebida alcoólica e, naquele momento, resolveram cometer esse crime, bolaram toda a dinâmica. Diego falou que foi acompanhando o Felipe sem saber a real intenção dele. Em razão disso, dentro da casa teve todo o desenrolar dos fatos e ele acabou vitimando o adolescente", detalhou.

O delegado disse, ainda, que Diego não falou os motivos pelo qual se apresentou à polícia — mas que ele tomou ciência de que estava com um mandado de prisão, descreveu como foi o crime e, com isso, a polícia confirmou o que já tinham nos autos.

"Depois da bebedeira, Felipe fez o convite para ir até a casa das vítimas. Passaram antes na casa do Felipe, se apossaram de um facão e uma faca e, em razão disso, foram até o local e cometeram o crime", completou Khaddour.

CRIME SEM RECOMPENSA

Questionado se Diego foi recompensado de alguma forma por matar Eric e por participar do crime, o delegado contou que ele não recebeu nenhuma quantia ou pagamento pelo que foi feito.

Aspas de citação

Não foi recompensado pelo crime. O Diego falou que, logo após o crime, os dois pegaram um ônibus e foram se esconder no bairro Campo Grande, e por lá ficaram circulando. Ele falou que não sabe onde o Felipe está. Disse que, depois que cometeram o crime, desceram do ônibus e foi cada um para um lado

Eduardo Khaddour
Delegado da DHPP
Aspas de citação

MANDADO DE PRISÃO ESTAVA RESTRITO

Diego foi até à Delegacia de Cobilância, em Vila Velha, na intenção de se apresentar à polícia — mas lá, foi informado de que não poderia ser preso. Em conversa com a reportagem de A Gazeta, a mãe do homem, uma dona de casa de 58 anos, explicou.

Mãe convenceu filho a se entregar para a polícia. (Isaac Ribeiro)

"Os policiais nos informaram que não acharam o mandado de prisão do meu filho e que, por isso, não podiam prender le. Aí mandaram a gente ir hoje para a DHPP de Cariacica. Aí a gente veio", disse.

O delegado Eduardo Khaddour explicou que o mandado de prisão de Diego estava constando como restrito, então não apareceu no sistema da delegacia em que ele foi inicialmente. "Ele não nos relatou se a mãe teve alguma influência mas provavelmente sim, porque fomos na casa dela algumas vezes e explicamos a situação para os parentes".

"SE DEMONSTROU FRIO E SEM ARREPENDIMENTO"

Em depoimento à polícia, Diego se mostrou uma pessoa fria e tranquila e, segundo o delegado, em nenhum momento se arrependeu do crime que cometeu. Ele será encaminhado ao Centro de Triagem de Viana e está à disposição da Justiça.

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Diego já tinha passagem pela polícia por tráfico de drogas. O delegado afirma que a polícia continua atrás de Felipe Ted Christo Caleffi, de 32 anos, e pede apoio da população para que denunciem pelo Disque-Denúncia no 181. "Não vamos medir esforços para localizá-lo e capturá-lo", finalizou.

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