Após o recebimento denúncias de brigas e presença de menores de idade, uma operação policial foi realizada em uma boate localizada no bairro Castelo Branco, em Colatina, no Noroeste do Espírito Santo, na noite de sábado (20) e flagrou adolescentes presentes no local. Do lado de fora da casa, os policiais apreenderam drogas e recolheram motos com escapamento adulterados. A decisão é do juiz Marcelo Feres Bressan, após um pedido do Ministério Público para verificar a regularidade do evento.
No fim de semana anterior ocorreram várias brigas e até tiros na rua. Segundo a PM, o homem que atirou já foi identificado. O caso está sob investigação.
De acordo com o magistrado, “consta nos autos que recentemente um grande tumulto ocorreu [...] onde foi possível ouvir disparos e constatar a presença de menores de idade sem ter sido autorizada judicialmente”.
A operação contou com a presença da PM, da Polícia Civil, do Corpo de Bombeiros e de secretarias da Prefeitura de Colatina. Conforme o boletim de ocorrência da Polícia Militar, o local tinha mais de 2 mil pessoas e não foi possível abordar todos, mas os policiais puderam constatar ao menos a presença de cinco menores de idade,. Seis deles foram levados pelo Conselho Tutelar.
Eles estavam sem documentos oficiais e relataram para a PM que não tiveram dificuldade de entrar. Do lado de fora, havia adolescentes alcoolizados aguardando para entrar no espaço.
Com o cão farejador, a polícia encontrou drogas em um local próximo da entrada da casa de eventos. Foram apreendidos 37 pedras de crack e 10 papelotes de cocaína. Foram aplicados ainda 28 autos de infração pela guarda municipal por estacionamento irregular e, ao todo, cinco veículos foram guinchados.
Quanto ao som, segundo a PM, ele podia ser ouvido nas casas que ficam em frente ao estabelecimento. No local foi constatado que havia uma instalação de caixas com alto-falantes móvel, que aumentava o volume, e que poderia ser desligada assim que chegasse a fiscalização e, assim, diminuísse os ruídos.
Na checagem das documentações foi observado que não existia um alvará da Delegacia de Costumes e Diversões. A empresa foi orientada a entrar com um processo para a obtenção do documento.
Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, a PM não tinha poder de embargo e o evento teve continuidade após a ação policial.
Um dos responsáveis pela boate Let's disse para a reportagem de A Gazeta que os menores entraram com identidade falsa e que vai reforçar com os funcionários a orientação de serem rigorosos na entrada da boate para identificar possíveis fraudes na documentação.
Ele relatou ainda que não há brigas no interior e que o estabelecimento não se responsabiliza pelas confusões do lado de fora. Quanto à documentação, o representante comentou que estava checando o fato e iria até a delegacia.
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