Um artefato explosivo foi lançado contra policiais militares durante a prisão de um homem de 28 anos apontado como gerente do tráfico de drogas do Morro do Macaco, em Vitória. O ataque aconteceu nesta quarta-feira (15), enquanto os militares faziam buscas na casa do suspeito, no bairro Itararé, que também fica na Capital.
Segundo a Polícia Militar, o homem, Gustavo Nunes da Silva, conhecido pela alcunha "Arafat", estava dirigindo um carro quando foi abordado por militares embaixo da Ponte da Passagem. Contra ele, ainda conforme a corporação, havia um mandado de prisão em aberto por organização criminosa e tráfico de drogas. Os agentes foram informados sobre o mandado de prisão contra o suspeito e foram até a casa dele, no bairro Itararé.
A polícia informou que, enquanto militares faziam as buscas na casa do suspeito, um artefato explosivo, semelhante ao encontrado em Andorinhas nesta terça-feira (15), foi lançado na direção de policiais que faziam o cerco na região, vindo de uma casa próxima. Os agentes foram até a casa e não encontraram ninguém, mas fizeram buscas no local e apreenderam duas munições calibre 38, R$ 2.907,00 em espécie e dois celulares que, segundo a PM, pareciam terem sido propositalmente quebrados.
De acordo com o tenente Xavier, da PM, o homem detido é bastante conhecido e influente. "Ele transita pelas regiões de Itararé e Morro do Macaco. Então, durante nosso planejamento de interromper os ataques nas regiões, o capturamos. Foi muito importante tirá-lo do local porque ele coordenava alguns desses ataques que vêm acontecendo em Vitória", disse.
Na casa do suspeito de 28 anos não houve apreensão de nenhum material ilícito. No entanto, ele teve o computador e dois celulares recolhidos pela Polícia Militar.
Em nota, a Polícia Civil informou que o suspeito foi encaminhado à Delegacia Regional de Vitória, onde foi cumprido o mandado de prisão. Ele foi encaminhado ao Centro de Triagem de Viana (CTV).
Um outro episódio envolvendo uma bomba em Vitória foi registrado nesta quarta-feira (15). Em Andorinhas, uma rua foi interditada após um artefato explosivo ser deixado ao lado da Escola Municipal de Ensino Fundamental Izaura Marques da Silva. Segundo o soldado Pedro Frasson, o artefato poderia ter machucado várias pessoas por ser de fabricação caseira e conter objetos cortantes, como pregos e pedaços de metal.
"Poderia ter machucado várias pessoas. Era uma granada improvisada, que normalmente o pessoal do tráfico usa. Pode ser chamado de um tipo de bomba caseira, fabricada por bandidos. Começaram a usar mais no ano passado, quando houve um aumento muito substancial do uso dessas granadas e artefatos improvisados para atacar gangues rivais", afirmou o militar.
Na manhã desta quarta-feira, moradores da região afirmaram à reportagem da TV Gazeta que ouviram tiros no bairro. Eles não souberam afirmar se ocorreu um confronto ou se criminosos que passaram atirando, mas os carros estacionados na rua mostraram marcas de tiros.
A polícia não sabe como nem por quem o artefato foi deixado no local e se há relação com os disparos de arma de fogo ouvidos pelos moradores. Com o isolamento da área devido à presença da granada, a Secretaria de Educação de Vitória (Seme) informou que a EMEF Izaura Marques está atendendo os alunos por meio do serviço emergencial remoto nesta quarta-feira.
Por volta das 14h30, o esquadrão antibombas da Polícia Militar chegou ao local e isolou a área. Bares e outros estabelecimentos comerciais ao redor foram fechados. Por volta das 15h, o técnico explosivista equipado se aproximou do artefato e fez algumas fotos. Após registrar as imagens, o policial fez o uso de um objeto parecido com uma garra, pegou o explosivo e colocou dentro de um tambor. Abaixo, a sequência de imagens da explosão do material.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta