Após fugir para uma casa na Barra do Sahy, na orla de Aracruz, o braço direito do PCC (Primeiro Comando da Capital) no Norte do Espírito Santo foi preso, nesta quinta-feira (23). Ele é apontado como chefe da "Tropa do Rato", responsável por 18 mortes nos últimos três anos em Jaguaré. Além disso, são investigados por planejar ataques a policiais civis, como vingança a uma ação que aconteceu em março deste ano.
Magno de Souza Pinto, conhecido como "Guigui", estava há cerca de 10 dias em Aracruz, segundo a polícia. Isso porque, em 1º de março, uma operação em Jaguaré acabou em troca de tiros entre o primo dele e policiais civis. Na ocasião, o primo, identificado como Jhon Myke da Silva Mariano, foi morto. Ele estava com arma, munição e drogas. Desde então, Guigui fugiu.
A prisão aconteceu após um cerco da Polícia Militar à casa em que Magno estava escondido. Ele estava sozinho e armado, com 75 munições, mas não tentou resistir. Contra ele, havia quatro mandados de prisão em aberto por homicídio.
Desde a morte do primo de Magno, a Tropa do Rato planejava se vingar dos policiais civis envolvidos na ação. Prova disso foi um bilhete interceptado no presídio em que o chefão do grupo está preso, dando ordens para que os agentes fossem mortos.
Apesar de não citar especificamente os nomes dos policiais, a liderança do grupo ordenava que uma retaliação fosse feita.
A polícia não divulgou o nome, mas explicou que um integrante do PCC — maior facção criminosa do Brasil, com sede em São Paulo — que já está no presídio é quem manda e desmanda nos grupos do tráfico ligados a ele no Norte do Estado. Para isso, ele tem seus "imediatos" em campo; um deles, responsável por Jaguaré e Vila Valério, era Magno.
"As investigações apontam que ele estava ligado ao integrante do PCC que encontra-se preso e seria uma atuação do PCC na região Norte", reforçou a delegada Gabriella Zaché dos Santos, titular da Delegacia de Policia (DP) de Jaguaré.
Para a polícia, Magno era o principal alvo a ser preso na região. "Retirar essa pessoa de circulação era a operação mais importante no Norte. Tirando esse elemento das ruas, com certeza vamos impactar na redução dos índices e vamos levar mais tranquilidade para aquela região", ponderou o delegado-geral da Polícia Civil do Estado, José Darcy Arruda.
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