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Briga antiga por terra motivou morte de funcionário de marcenaria no ES

Briga antiga por terra motivou morte de funcionário de marcenaria no ES

Investigações apontaram que Reginaldo Veriano Pires, de 45 anos, foi morto a tiros no dia 12 de julho em Linhares devido a uma desavença entre as famílias da vítima e do suspeito

Publicado em 7 de novembro de 2022 às 21:06

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A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre o assassinato de Reginaldo Veriano Pires, de 45 anos, morto a tiros na marcenaria onde trabalhava no distrito de Bebedouro, em Linhares, no Norte do Estado, no dia 12 de julho deste ano. A corporação divulgou nesta segunda-feira (7) que as investigações apontaram que o crime foi motivado por uma antiga desavença entre as famílias da vítima e do suspeito devido a uma disputa por terra.

Vítima, Reginaldo Veriano Pires, de 45 anos
Reginaldo Veriano Pires, de 45 anos, foi assassinado na marcenaria onde trabalhava, em Linhares, em julho deste ano. (Redes sociais)

Segundo a Polícia Civil, as famílias de Reginaldo e de Aislan Aguiar Borges Machado, de 23 anos, conhecido como Jeguinho e um dos presos pelo crime, são de Barra de São Francisco e tiveram desavenças 10 anos atrás, o que teria gerado sentimentos de vingança e ódio entre elas. 

Titular da Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa de Linhares, o delegado Tiago Cavalcante contou que o conflito seria uma disputa por terra cuja propriedade seria da família de Reginaldo e alguns membros da família de Aislan teriam interesses na área.

"Nessa senda, no decorrer dos anos, membros de ambas famílias foram assassinados em decorrência desse conflito que, em um primeiro momento, se tratava da disputa por terra e se manteve hodiernamente, por mero ódio enraizado entre integrantes dessas famílias", explicou o delegado.

O delegado disse ainda que a vítima saiu do município de Barra de São Francisco e foi morar em Linhares para fugir dos conflitos. "Entretanto, os membros da família do suspeito optaram por manter vivo o sentimento de ódio e vingança e decidiram matar a vítima", informou.

No dia do crime, o suspeito e outros três indivíduos saíram de Barra de São Francisco e foram para o município de Linhares, onde localizaram Reginaldo e o mataram. Após o assassinato, eles fugiram.

As investigações revelaram que em outra ocasião eles já haviam tentado matar Reginaldo, tendo êxito nesta segunda vez. Diante das provas, o delegado Tiago Paulo Cavalcante representou pela prisão dos envolvidos no crime.

Sobre as prisões

De acordo com a Polícia Civil, Claudio Maroto, de 47 anos, conhecido como “Dim” ou “Dinho”, estava preso no Presídio Regional de São Mateus por outros crimes não divulgados pela polícia. Entretanto, aproveitou o benefício da "saidinha" do presídio para executar a vítima.

Já Wanderson Rodrigues Mengueli, de 40 anos, conhecido como "Cocota", foi preso pela Polícia Civil de Linhares em uma operação policial na Vila Paulista, em Barra de São Francisco, no dia 11 de outubro.

Aislan Aguiar Borges Machado, de 23 anos, conhecido como "Jeguinho", foi preso no bairro Jardim Carapina, na Serra, em uma operação conjunta entre policiais de Linhares e da Serra no dia 24 de outubro.

Por fim, Valdeci Paulino dos Santos, de 52 anos, foi preso no bairro Nova Esperança, em Linhares, no dia 19 de outubro. Segundo as investigações, os executores foram Cláudio e Aislan. Wanderson foi o motorista do veículo e Valdeci Paulino fez o levantamento do local e passou as informações para os assassinos, informou a Polícia Civil.

O inquérito policial foi concluído e os envolvidos no crime estão presos e à disposição da Justiça. Eles responderão por crime de homicídio duplamente qualificado, conforme a corporação.

Relembre o crime

Reginaldo Veriano Pires foi morto a tiros no distrito de Bebedouro, em Linhares, no inicio da tarde do dia 12 de julho. Ao todo, ele sofreu nove tiros, sendo cinco na cabeça e quatro no tórax, e foi abordada pelos assassinos durante o trabalho. Quando a Polícia Militar chegou ao local, ela já estava sem vida. O corpo foi encontrado por um funcionário.

Esse colega de trabalho relatou que, normalmente, Reginaldo saía no horário do almoço e, na volta, passava na casa dele para irem juntos à marcenaria. Como Reginaldo não apareceu nesse dia, o funcionário foi até a marcenaria. No estabelecimento, ele viu o amigo já morto.

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