Entre os meios de buscas utilizados para tentar encontrar os três adolescentes desaparecidos em Sooretama, no Norte do Espírito Santo, estão cães farejadores que tiveram atuação na Turquia, quando mais de 40 mil pessoas morreram devido a um terremoto. Os animais ajudam no trabalho de buscas em locais de difícil acesso. Os trabalhos para localizar os jovens continuam nesta quinta-feira (24), também com o auxílio de drone. Os amigos foram vistos pela última vez no último dia 18, quando foram para a rua na cidade, após um tiroteio, ver um corpo baleado.
Até o momento, conforme denúncias recebidas pela polícia, há indícios de que os jovens podem ser localizados em áreas de vegetação. Em entrevista ao repórter Tiago Félix, da TV Gazeta Norte, o secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Sesp), coronel Alexandre Ramalho, disse que, na noite de quarta-feira (23), uma pessoa disse que ouviu barulho de disparos e viu os meninos entrarem em um cafezal.
“Imediatamente mobilizamos a equipe do Corpo de Bombeiros e os cães. Os cães são muito eficientes, atuaram no terremoto da Turquia, mas não deram sinal na busca que fizemos ontem. Depois dessa informação, encontramos um ciclista que relatou sentir um cheiro muito forte. Fomos até o local e tinha uma caixa com um cachorro morto dentro, que realmente exalava um mau cheiro. Tudo que chega, nós estamos procurando. São áreas (de vegetação) enormes e estamos mapeando elas”, comentou Ramalho.
Como as buscas aconteceram à noite, quando a visibilidade é reduzida, elas devem continuar na região do cafezal na manhã desta quinta-feira (24), após as 9h.
Wellington Simon, de 14 anos, e Kauã Loureiro e Carlos Henrique Trajanos, ambos de 15, desapareceram no fim da tarde da última sexta-feira (18). Eles foram até um bairro vizinho após um tiroteio, onde havia uma pessoa baleada. Depois disso, não foram mais vistos e a polícia não encontrou evidências.
As famílias dos adolescentes permanecem em frente à Prefeitura de Sooretama, na manhã desta quinta (24), onde a administração do município, em conjunto com a cúpula da segurança pública do Estado, montou uma sala de situação, para a reunião de informações e a definição de estratégias. Segundo Ramalho, são realizadas reuniões também com os familiares para saberem das ações policiais nas buscas.
“A gente apura todas as denúncias. Estamos com o efetivo da PM, PC, Bombeiros e autoridades do Norte. Estamos empenhados para localizar os meninos. É um sumiço muito estranho, causa uma comoção muito grande. Nos colocamos no lugar das famílias e organizamos reuniões com elas para dar informações sobre o que estamos fazendo. Reforço o pedido de informações pelo Disque-Denúncia 181. É um canal seguro”.
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