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Capixaba é investigado por fabricar 3 milhões de cédulas falsas de Real

Capixaba é investigado por fabricar 3 milhões de cédulas falsas de Real

Homem foi preso em Vitória na manhã desta segunda-feira (2) com R$ 190 mil em cédulas falsas. Papéis eram vendidos pelo WhatsApp

Publicado em 2 de dezembro de 2019 às 14:20

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02-12-2019 - Espírito Santo - Polícia Federal faz operação em Vitória e Viana. (Divulgação/PFES)

Um capixaba de 32 anos foi preso pela Polícia Federal em Vitória na manhã desta segunda-feira (2) por suspeita de fabricar e comercializar cerca de três milhões de notas de Real falsificadas durante um período 12 anos. As cédulas eram vendidas pelo WhatsApp no Espírito Santo e em outros 10 estados brasileiros.

Durante coletiva de imprensa realizada na manhã desta segunda-feira, o chefe da Delegacia de Combate a Crimes Fazendários (Delefaz), delegado Leonardo Rabello Feyo, explicou que as investigações foram iniciadas em abril deste ano.

A operação Marduque foi conduzida pela Delefaz e contou com a participação de 17 policiais federais. Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva nas residências do investigado em Vitória e Viana.

A investigação foi iniciada após os Correios apresentarem uma notícia-crime indicando que objetos postados em Vitória continham cédulas falsas. O produto também era enviado por transportadoras. A encomendas eram enviadas pelo mesmo remetente, que usava nome falso.

Em Vitória, os policiais apreenderam R$ 190 mil em cédulas falsas. Além disso, também foram encontrados equipamentos utilizados para contrafação (falsificação) e equipamentos de mídia em geral. Segundo a PF, as cédulas falsificadas custavam entre 10% a 20% do valor original. Uma nota de R$100 era vendida por R$ 10 a R$ 20.

PF apreende R$ 190 em cédulas falsas. (Divulgação/PFES)
Aspas de citação

Ele usava nomes falsos para o envio, até mesmo como no destinatário. Estamos lidando com dados fictícios. Foi confirmado que o plano dele era ir para o Distrito Federal Federal porque ele entendia que conseguiria coordenar melhor a distribuição das cédulas 

Leonardo Rabello Feyo
Delegado da Delefaz
Aspas de citação

O investigado usava grupos de WhatsApp para vender as cédulas em diversos estados do Brasil. Em outro caso investigado na operação, o suspeito usava cédulas falsas para compra de produtos anunciados em site de anúncio de vendas de produtos no Espírito Santo. A polícia investiga a identidade dos compradores. Eles poderão ser indiciados pelo mesmo crime. 

“Nós recebemos informações dos Correios e com base em encomendas suspeitas, a respeito de possíveis remessas de cédulas falsas a outras unidades da federação, nós instauramos um inquérito e começamos o trabalho de análises de dados e outras técnicas utilizadas”, explica.

O delegado regional de investigação e combate ao crime organizado, Leonardo Baeta Damasceno, informou que a Polícia Federal recebe uma grande quantidade de cédulas falsas que chegam no mercado, via comércio ou cidadão comum que denuncia o caso à polícia. Segundo ele, após a identificação e prisão do suspeito e análise dos inquéritos em tramitação na Polícia Federal, foi possível identificar e comparar o material produzido pelo investigado em Vitória com o que já havia sido apreendido anteriormente.

“A venda de moeda falsa pela internet é uma prática que tem se difundido pelo Facebook, Whatsapp e pelas redes sociais, das mais diversas formas. A operação de hoje dá uma resposta para uma questão atual. A gente recebe denúncias sobre isso frequentemente. Hoje, atacamos quem produz e distribui as cédulas no Brasil todo”, disse Damasceno.

02-12-2019 - Espírito Santo - Polícia Federal faz operação em Vitória e Viana(Divulgação/PFES)

NOME DA OPERAÇÃO

Segundo a Polícia Federal, Marduque foi o pseudônimo utilizado pelo principal investigado na prática dos crimes de modo irônico, uma vez que significa deus protetor da cidade da Babilônia, pertencente a uma geração tardia de deuses da antiga Mesopotâmia, como também um nome utilizado como vilão em um jogo.

CRIMES INVESTIGADOS

Os investigados, responderão pelos crimes de falsificação e guarda de moeda falsa, presente no art .289 do Código Penal, em que a pena varia entre 03 a 12 anos de reclusão. 

Art. 289 - Falsificar, fabricando-a ou alterando-a, moeda metálica ou papel-moeda de curso legal no país ou no estrangeiro:  pena - reclusão, de três a doze anos, e multa.

§ 1º - Nas mesmas penas incorre quem, por conta própria ou alheia, importa ou exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda ou introduz na circulação moeda falsa.

ESTADOS ONDE AS NOTAS ERAM ENVIADAS

  • Espírito Santo
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul
  • Santa Catarina
  • Distrito Federal
  • Pará
  • Maranhão
  • Goiás
  • Paraná 
  • Minas Gerais
  • São Paulo

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