A mãe da engenheira grávida assassinada em Campos dos Goytacazes (RJ) no último dia 2 de março declarou à polícia que o capixaba Diogo Viola de Nadai evitou comprar o enxoval do bebê do casal, mesmo com o fim da gestação se aproximando. As informações foram apuradas pelo jornal Extra e divulgadas neste domingo (12).
Segundo Cintia Pessanha Fonseca, mãe de Letycia Peixoto Fonseca, o companheiro da filha tinha comportamentos estranhos, como não permitir que as roupas dele fossem levadas para o apartamento novo que dividiria com a vítima. Diogo Viola de Nadai foi preso na última terça-feira (7), suspeito de ser o mandante da morte da engenheira grávida.
“Eles já tinham levado todos os móveis, só faltava desmontar o armário e levar as roupas para o outro apartamento. As roupas da Letycia foram colocadas em malas para levarmos, e pensamos que seria lógico levar tudo dele também. Mas a Letycia disse que ele pediu para deixar as roupas dele por último. Eu não entendi nada. Não eram peças específicas. Ele pediu para deixar toda a roupa dele no antigo apartamento”, declarou a mãe da vítima em depoimento.
O Extra apurou que, enquanto Letycia estava empolgada com a nova residência, o companheiro não esboçava animação e não teria ajudado com a mudança, que estava sendo finalizada na semana em que a jovem foi morta.
Ainda segundo o Extra, o suspeito sequer sabia dizer o nome da rua em que moraria com Letycia. Ele estava há oito anos com ela, mas era casado com outra mulher. Em depoimento prestado à polícia, o suspeito não soube dizer o nome da rua onde iria morar com a jovem.
Em uma conversa de Diogo com Letycia reproduzida no inquérito ao qual o Extra teve acesso, a grávida envia fotos do novo apartamento para Diogo e comenta que “já está parecendo uma casa”. Diogo responde à mensagem com dois corações. Cintia relata que, nessa ocasião, a jovem queria até dormir no imóvel de tão animada com a mudança. Com o enxoval e itens do bebê era o mesmo tipo de comportamento, segundo a mãe dela.
“Eu achava muito estranho essa maneira de ele dizer sempre que ia dar tempo, que não precisava comprar coisas para o bebê, que ele ia comprar nos Estados Unidos. Eu falava: ‘Diogo, mas o bebê não vai demorar para nascer’, e ele sempre me pedia calma”, pontuou Cintia.
No depoimento obtido pelo Extra, Cintia contou ainda que, ao saber da morte do bebê Hugo, que nasceu de cesárea pouco antes da morte de Letycia, Diogo reagiu de "forma exagerada". Declarou também que, no enterro, o suspeito estava de óculos escuros, para esconder que não havia lágrimas.
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