O professor capixaba Diogo Viola de Nadai, preso nesta terça-feira (7) em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, suspeito de envolvimento na morte da engenheira grávida de oito meses, Letycia Peixoto Fonseca, teria pedido que ela fizesse um empréstimo de R$ 16 mil para pagar dívidas da loja dele. De acordo com o site Extra, a informação foi dada na delegacia por Cintia Pessanha Peixoto Fonseca, mãe da vítima, e foi utilizada pelo Tribunal de Justiça para decretar a prisão temporária do professor.
Ainda segundo o Extra, o inquérito da Polícia Civil aponta Diogo como autor intelectual e mandante do homicídio da companheira.
"A declarante (mãe de Letycia) se recorda que no dia do crime, ou seja, dia 02 de março, na hora do almoço, a Letycia comentou que o Diogo pediu para que ela fizesse um empréstimo no valor de R$ 16 mil em nome dela, para que ele pudesse pagar as dívidas, mas ela negou, então ele disse que iria conseguir com um amigo. (...) Que a declarante sempre achou que o Diogo agia com falsidade nas atitudes relacionas à gravidez", diz trecho da decisão do juiz Adones Henrique Silva Ambrosio Vieira, divulgado pelo site Extra.
Ao decretar a prisão do professor, o juiz entendeu que o crime investigado tem características de ser passional. Segundo o Extra, Diogo também teria tentado apagar o histórico dele no celular e na nuvem no dia do crime.
"Sendo, supostamente, o autor intelectual e mandante do homicídio, Diogo demonstra elevado grau de periculosidade, além de ostentar poder de interferência direta nas investigações, inclusive pelo poder aquisitivo e posição como empresário nesta Comarca (Campos)", escreveu o magistrado.
De acordo com o Extra, a Cintia Pessanha - mãe de Letycia - contou à polícia que Diogo deixava em cima da mesa de casa boletos atrasados da loja e ia dormir. O fato teria incomodado a engenheira que, nas palavras da mãe, "achava aquilo um absurdo".
Cintia ainda relatou aos agentes que enquanto esteve internada, vítima de um tiro na noite do crime, "achou muito estranho" Diogo não ter ido ao hospital para vê-la ou procurar saber de Letycia, ou do bebê, que também morreu.
"Então durante o atendimento do tiro que levou, ouviu de uma acompanhante de outra paciente, que um homem grande (deu as mesmas características do Diogo) chegou na frente do Hospital e perguntou: 'Já morreu? Já morreu?' (...) Que na Sexta, dia 03 de março, enquanto a família estava na rua agilizando as documentações, o Diogo ficou em casa dormindo, mostrando total indiferença", disse Cintia em depoimento.
Ainda segundo divulgado pelo Extra, a mãe de Letycia narrou que a filha já havia engravidado de Diogo, mas, devido a um problema durante a gestação, precisou fazer uma curetagem. O relacionamento dos dois teria terminado após o fato e, após voltarem, Letycia contou que o companheiro chegou a apertar o braço dela durante uma discussão, pois queria ter acesso ao telefone celular dela. A filha também reclamava que Diogo nunca tinha apresentado ela à família.
O capixaba Diogo Viola foi preso na noite desta terça-feira (7) em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro. Ele é professor de Química do Instituto Federal Fluminense (IFF) e suspeito de ser mandante do assassinato da engenheira Letycia Peixoto Fonseca, de 31 anos. A prisão temporária foi pedida nesta terça pela delegada Natália Patrão, titular da 134ª DP (Campos) após a prisão de dois suspeitos de serem os executores do crime.
Diogo chegou a prestar depoimento após o crime, mas, manteve-se em silêncio na delegacia. A informação foi confirmada ao Extra pelo advogado dele, Reynaldo Peixoto, que irá se pronunciar à imprensa após reunião com a família do suspeito. A audiência de custódia do empresário e professor deve acontecer nesta quarta-feira (8).
Ao todo, cinco suspeitos estão presos por participação no crime. Segundo Natália, delegada responsável pelo caso, os cinco seriam: mandante, interlocutor, proprietário da moto, condutor e atirador.
A engenheira Letycia Peixoto Fonseca, de 31 anos, grávida de oito meses, foi morta a tiros no dia 2 de março, em Campos dos Goytacazes, Norte do Rio de Janeiro. Ela foi atingida por cinco disparos feitos por um homem que estava na garupa de uma moto.
Socorrida e levada ao hospital, ela passou por uma cesárea de emergência e não sobreviveu. O bebê, um menino, chegou a nascer, porém morreu algumas horas depois.
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