Um jovem suspeito de liderar uma quadrilha que fornecia drogas sintéticas na Grande Vitória foi preso em Meaípe, Guarapari. Rafael Rodrigues Marinho, conhecido como Rato, 28 anos, gerenciava o grupo, cuidava da contabilidade e até alugou uma casa que funcionava como base de distribuição de drogas.
Rafael foi preso no último dia 5 de abril, em uma operação chamada Sintéticos, criada para desarticular o grupo. Segundo o delegado do Departamento Especializado de Narcóticos (Denarc), Diego Bermond, o líder da quadrilha vivia em uma casa de luxo em Guarapari e faria uma entrega de drogas no momento em que foi preso.
Rafael tinha uma casa de alto padrão, um carro novo. Ele foi preso no momento em que estava saindo para fazer entrega do entorpecente, explicou.
Na casa de Rafael, foram encontrados 80 comprimidos de ecstasy, três munições de arma de fogo de calibre 380, 10 gramas de haxixe, cinco gramas de maconha, quatro frascos de anabolizante, balança de precisão, rolos de insulfilm e pacotes com sacolas para armazenar a drogas.
Como cabeça da organização, Rafael gerenciava os indivíduos para o recebimento de drogas, mantinha um celular com a contabilidade do tráfico, e indivíduos para guardar a droga, que era comercializada em festas.
A casa de luxo alugada por Rafael em Meaípe ficava próximo a casas de show. Para o delegado, a escolha pela residência foi pensada de forma estratégica. Acreditamos que ele alugava como ponto de base para comercializar as drogas, disse.
Além de Rafael, a polícia identificou Renan Alvarenga, 30, Renan Ucceli, 22, Lucas Dias Miranda, 28, Hugo Henrique dos Santos Torres, 26, e Alessia Ayalla da Silva Bolckau, 20, como integrantes da organização. Eles faziam parte de um esquema de compra para conseguir a droga num valor mais barato.
Rafael, Renan Ucceli e Renal Alvarenga seguem presos, já Lucas, Hugo e Alessia foram indiciados e respondem em liberdade.
A operação durou quatro meses. Nesse período, foram apreendidos 11 mil comprimidos de ecstasy, 7.990 micropontos de LSD, 1.140 micropontos de NBOM, droga alucinógena sintética parecida com LSD, além de 462 comprimidos de N-etilpentilona, 830 gramas de Cristal (tipo de metanfetamina).
Desse total, 8.229 comprimidos de ecstasy, 1.766 micropontos de LSD, 1.400 gramas de Skank, 45 gramas de cristal foram apreendidas com quadrilha de Rafael. Os demais surgiram durante as investigações, com outros suspeitos de tráfico de drogas.
Enquanto levantávamos informações para prender Rafael e o grupo, descobrimos outros suspeitos que deram motivo para outras operações e mais apreensões, disse Bermond.
SUSPEITO TEVE AJUDA DE PORTEIRO PARA FUGA
O Departamento Especializado de Narcóticos (Denarc) está atrás de Renan Luiz de Oliveira Castro, de 29 anos, que foi identificado como um dos fornecedores de drogas sintéticas na Grande Vitória. De acordo com o delegado Diego Bermond, o suspeito teve ajuda do porteiro do condomínio onde mora, que fica localizado em Bento Ferreira, Vitória, durante a fuga. Ele estava no apartamento dele quando os policiais chegaram, mas o porteiro avisou sobre a presença dos civis e ele conseguiu se evadir, disse.
Foram encontradas na gaveta de uma churrasqueira do prédio 2.480 comprimidos de ecstasy, 6.224 micropontos LSD, 785 gramas de cristal, 145 gramas de haxixe.
O departamento tem a convicção de que parte do entorpecente sintético que foi apreendido ao longo dos meses era de propriedade desse indivíduo, disse o delegado. O porteiro assinou um Termo Circunstanciado (TC) de favorecimento Pessoal.
De acordo com a Polícia Civil, o objetivo das operações da Denarc é repreender o tráfico de drogas sintéticas no Estado, considerando que usuários comuns (maconha e cocaína) estão migrando para consumir esse tipo de drogas.
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