O governador Renato Casagrande, assinou, na última sexta-feira (11), a demissão do agora ex-policial civil Hilário Frasson, acusado de ser o mandante do assassinato da ex-esposa, a médica Milena Gottardi.
O Conselho Estadual de Correição (Consecor) decidiu, em maio, pela expulsão de Hilário dos quadros da Polícia Civil, mantendo a decisão que já tinha sido tomada pela corregedoria.
Mesmo assim, ele continuou recebendo um salário bruto de R$ 5.493,77 até o mês passado, porque o processo de expulsão ainda precisava passar pela Secretaria de Gestão e Recursos Humanos, pela Secretaria de Governo e pelas mãos do governador, o que aconteceu na última sexta (11), mesma data em que a reportagem de A Gazeta questionou o governo sobre o motivo de Hilário seguir recebendo os proventos.
Além de ser demitido "a bem do serviço público", que ocorre quando o servidor não cumpre com os deveres e proibições estabelecidos pela legislação, Hilário não poderá assumir outro cargo ou função no governo pelos próximos dez anos.
O decreto com a demissão de Hilário foi publicado, nesta segunda-feira (14), no Diário Oficial do Estado. Hilário e mais cinco vão a júri popular responder pela morte da médica, que completou três anos. O ex-policial civil e o pai dele, Esperidião Frasson, são apontados pelo Ministério Público como os mandantes do crime. Eles teriam contratado dois intermediários, Hermenegildo Palauro Filho e Valcir da Silva Dias, para encontrar um atirador.
Dionathas Alves é apontado como a pessoa que realizou o disparo. Ele, por sua vez, solicitou ao cunhado Bruno Broetto uma moto, que foi usada no crime. De acordo com a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), todos estão presos.
Denunciado pelos crimes de homicídio qualificado, feminicídio e fraude processual, Hilário está preso preventivamente na Penitenciária de Segurança Máxima 1, em Viana.
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