A orientação é que a Corregedoria aja com rigor com relação a esse tipo de episódio. Essa foi a resposta do governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, ao ser perguntado sobre o caso do agente da Polícia Militar acusado de agredir um frentista em Vila Velha na última quinta-feira (23).
A declaração foi dada à jornalista Vilmara Fernandes, na manhã desta terça-feira (28), em Iúna, uma das cidades castigadas pela chuva no Sul do Estado. Nesta terça, Casagrande voltou a visitar as áreas afetadas pelas enchentes.
Um policial militar é acusado de agredir um frentista em um posto de gasolina localizado na Praia de Itaparica, em Vila Velha. Imagens de uma câmera de segurança mostram o momento em que o agente dá um tapa na cara de Joelcio Rodrigues e aponta a arma para ele. A agressão teria sido motivada por um atendimento considerado ruim, feito no dia anterior.
O policial estava acompanhado de uma mulher e me pediu para abastecer R$ 50. Nessa hora, eu pedi para eles descerem da moto, por motivos de segurança ao cliente. Ele achou ruim e começou a me tratar mal. Falei que não adiantava ele fazer isso e que, se quisesse, poderia conversar com o dono, contou o frentista.
A instrução para que os clientes saiam de cima da motocicleta consta nas bombas de gasolina do posto, que fica na Rodovia do Sol. Insatisfeito, o policial foi embora, afirmando que voltaria para tirar satisfação. Antes das 8h do dia seguinte, ele já estava no estabelecimento novamente, vestido com a farda da PM.
De acordo com colegas de trabalho de Joelcio, o policial perguntou se o responsável pelo posto se encontrava. Diante da negativa, ele ficou esperando no estabelecimento. Quando o rapaz chegou novamente para trabalhar, o PM foi atrás dele. Assim que bati o ponto, ele veio, me chamou e perguntou se eu me lembrava dele. Logo depois, já começou a me bater.
Emocionalmente abalado e com medo, o rapaz não trabalhou nesta sexta-feira (24). A fim de registrar o fato, Joelcio foi até o 4º Batalhão da Polícia Militar, no bairro Ibes, também em Vila Velha. No local, porém, a vítima afirmou não ter recebido orientação para registrar o caso em uma delegacia ou na Corregedoria da PM.
Com informações de Diony Silva, da TV Gazeta
De acordo com o coronel Juffo, corregedor em exercício da Polícia Militar do Espírito Santo, em entrevista à TV Gazeta nesta terça-feira (28), o policial militar suspeito de agressão será afastado das ruas. Segundo a autoridade, o policial será afastado das "atividades operacionais" enquanto durar o procedimento administrativo aberto para apurar a conduta do militar.
O corregedor em exercício não quis divulgar o nome do policial envolvido, alegando que a nova Lei de Abuso de Autoridade protege a identidade de suspeitos enquanto não for concluída a investigação.
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