A Polícia Civil concluiu o inquérito que investigou a morte do casal Rosineide Dorneles Mendes Oliveiras e Willis Penna de Oliveira. A mulher morreu em 15 de fevereiro e o companheiro foi a óbito em 16 de março deste ano, após ambos consumirem o produto denominado “óleo de semente de abóbora”, vendido para todo o Brasil pela internet.
A perícia constatou que o conteúdo do frasco possuía um produto altamente tóxico, usado como solvente em diversos processos industriais. Foram cumpridas buscas na empresa em São Bernardo do Campo, em São Paulo, que vendia o produto, e o proprietário foi preso em flagrante.
Detalhes do caso serão repassados em coletiva a ser realizada na manhã desta terça-feira (6), em Vitória.
A artesã Rosineide Dorneles Mendes o cozinheiro Willis Pena de Oliveira, ambos com 50 anos, eram casados há quase 30 anos e morreram com uma diferença de apenas um mês: após a morte de Rosineide em 15 de fevereiro, Willis faleceu em 16 de março. A Polícia Civil investiga a denúncia de familiares, que contaram que o casal passou mal após ingerir um óleo de semente de abóbora, que foi comprado pela internet.
Os dois moravam na Serra e deixaram um filho de 20 anos, que registrou um boletim de ocorrência sobre o caso no dia 25 de janeiro, na 11ª Delegacia de Polícia, em Jacaraípe.
O anúncio no site diz que o óleo "ajuda na formação de hormônios", "combate problemas degenerativos, melhora a saúde cardiovascular e ajuda a controlar o colesterol". O produto passou a ser ingerido diariamente pelo casal.
Cerca de uma a duas semanas após o início do consumo, os dois começaram a sentir sintomas como dores abdominais, vômitos e mal-estar. Após procurarem ajuda na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), Willis e Rosineide foram encaminhados ao Hospital Dório Silva em estado grave no dia 25 de janeiro. No dia 15 fevereiro, Rosineide morreu no hospital.
Após meses de investigação, que contou com a colaboração da Polícia Civil dos Estados do Espírito Santo, São Paulo e Minas Gerais, a polícia concluiu o inquérito e efetuou a prisão do responsável pela fabricação do produto vendido como óleo de semente de abóbora. A prisão ocorreu na cidade paulista de São Bernardo do Campo, em uma casa improvisada como laboratório, onde o fabricante produzia livremente o composto. Ele foi preso em flagrante no dia 25 de maio e cumpre prisão preventiva.
Exames laboratoriais e cadavéricos feito nos corpos de ambos atestaram que o casal ingeriu dietilenoglicol, a mesma substância presente em um lote de cerveja da Cervejaria Backer, de Belo Horizonte (MG), que contaminou diversos consumidores, entre eles um capixaba, e provocou a morte de dez pessoas.
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