Um casal foi preso, nesta sexta-feira (2), em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Estado, suspeito de cometer golpes vendendo cães de raça em anúncios em redes sociais, mas animais não tinham raça definida – vira-lata. O homem de 35 anos foi preso no Centro, já a prisão da mulher de 37 anos ocorreu no bairro Gilson Carone. Nos celulares dos suspeitos, a Polícia Civil encontrou pornografia infantil.
Segundo a Polícia Civil, o Departamento Especializado em Investigações de Crimes Patrimoniais (Deic) de Cachoeiro de Itapemirim recebeu, nos últimos dias, registros de ocorrências de vítimas do casal, normalmente mulheres.
Aos policiais, as vítimas reataram que, por meio de redes sociais, viam anúncios de filhotes de cães à venda, supostamente de raças que possuem valores elevados, mas que, na verdade, tratavam-se de cães de raça não definida (RND), ou vira-lata, "mas que eram vendidos por valores consideráveis”, informou a Polícia Civil.
O repórter Matheus Passos, da TV Gazeta Sul, apurou com a Polícia Civil que o preço da venda dos animais dependia da raça e variava de R$ 300 a R$ 2 mil. Entre as raças divulgadas, estavam shih-tzu e pinscher.
Após início das investigações, a Polícia Civil conseguiu prender o homem na manhã desta sexta-feira (2), na Avenida Beira Rio, no Centro de Cachoeiro, quando ele negociava a venda de mais um dos filhotes como se fosse cão de raça.
De acordo com a Polícia Civil, o filhote que estava com o homem foi levado a uma clínica veterinária, onde foi constatado que, além do animal se tratar de um cão sem raça definida, ele apresentava verminose e déficit alimentar, sendo um indício de que sofria maus-tratos. A corporação disse que o cão ficará aos cuidados de uma organização não-governamental (ONG) voltada aos direitos dos animais.
Não há informações sobre o total de vítimas que caíram no golpe, mas, segundo apuração da reportagem, pelo menos três pessoas já procuraram a polícia.
Segundo testemunhas, o homem participava de grupos em que ocorriam doações de animais. Ele se passava por uma pessoa interessada em adotar e pegava os cachorros para vender. Segundo a Polícia Civil, os criminosos usavam uma imagem de uma mulher bonita, retirada da internet, para transmitir credibilidade nas vendas dos filhotes.
Titular do Deic de Cachoeiro, o delegado Rafael Amaral disse que, durante o interrogatório do casal, investigadores se surpreenderam ao encontrarem material com pornografia infantil, de crianças praticando sexo, nos celulares dos suspeitos.
Os dois suspeitos foram encaminhados para a 7ª Delegacia Regional de Cachoeiro, onde foram autuados por tentativa de estelionato e transmissão e armazenamento de pornografia infantil.
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