O padrasto de Aghata Vitória Santos Godinho, 5 anos, se tornou réu sob a acusação de assassinar a menina a pancadas. O crime aconteceu no dia 19 de outubro, no bairro Cidade Nova, na Serra. O acusado Elisnai Borges Eloy, 35 anos, está preso desde o dia do crime.
Oito dias após a morte, o inquérito realizado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM) levou ao indiciamento de Elisnai pelo crime de homicídio qualificado, por impossibilidade de defesa da vítima e por motivo fútil. No indiciamento, a Polícia Civil também solicitou o majoramento (aumento) de pena pelo fato da vítima ser menor de 14 anos.
No dia do crime, o corpo da criança foi levado para o Departamento Médico Legal (DML) em Vitória. Segundo a Polícia Civil, o laudo cadavérico concluiu que a causa da morte foi espancamento. Sobre a hipótese de violência sexual, o laudo foi indeterminado.
No último dia 30 de outubro, a juíza Daniela Pellegrino Nemer recebeu a denúncia do Ministério Público para que Elisnai responda pelo crime. Na decisão, a magistrada também entendeu que não havia elementos suficientes para que houvesse a acusação de violência sexual, assim como o Ministério Público. Mas, sobre o homicídio, o padastro tornou-se réu e deve ser levado ao Tribunal do Júri.
Segundo informações da ocorrência registrada no Centro Integrado Operacional de Defesa Social (Ciodes), a criança, com hematomas na cabeça, na barriga e nas mãos, foi socorrida às margens da rodovia para a base da ECO 101, concessionária que administra a BR 101, onde foi constatado o óbito.
Foi a mãe da menina que pediu socorro. Ela contou que saiu de casa e deixou a criança com o padrasto. Depois, recebeu uma ligação da irmã informando que Aghata teria passado mal, após almoçar, e não estava acordando. As informações tinham sido passadas por Elisnai. O padrasto, que é aposentado por invalidez por não ter a mão, negou que tivesse agredido a menina.
No posto da ECO 101, o acusado não soube explicar os hematomas. Já na delegacia, ele ficou calado, segundo policiais civis. O padrasto foi autuado por homicídio qualificado por motivo fútil com impossibilidade de defesa da vítima no mesmo dia e levado para o Centro de Triagem de Viana, onde aguarda por julgamento.
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