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Caso Alice: adolescente já havia sido alvo de criminosos, dizem moradores

Caso Alice: adolescente já havia sido alvo de criminosos, dizem moradores

Bandidos teriam atirado contra o rapaz há um mês; no domingo (9), balas perdidas mataram a menina de três anos

Publicado em 12 de fevereiro de 2020 às 21:59

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Adolescente de 17 anos já tinha sido alvo de criminosos no bairro Dom João Batista, em Vila Velha. (Larissa Avilez)

O adolescente apontado como alvo dos criminosos responsáveis pela morte da menina Alice da Silva Almeida, de apenas três anos, no último domingo (9), já havia sido vítima de uma tentativa de homicídio há aproximadamente um mês. A informação foi passada por dois moradores do bairro Dom João Batista, em Vila Velha.

Com as identidades preservadas por motivos de segurança, eles afirmaram, categoricamente, que os dois atentados têm relação com o tráfico de drogas da região. Um deles contou à reportagem de A Gazeta, nesta quarta-feira (12), como a primeira das tentativas de assassinato aconteceu – em plena luz do dia.

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Ele (o adolescente) estava parado deste lado do córrego, em cima de uma bicicleta. De repente, chegaram dois caras em uma moto do outro lado atirando contra ele, que conseguiu sair correndo. Ele não chegou a ser baleado não, e os atiradores também fugiram

Morador 1
Residente do bairro Dom João Batista
Aspas de citação

Este primeiro episódio é parecido com o que o outro morador presenciou, mais recentemente. Ele afirma que na noite do último domingo (9), este mesmo adolescente de 17 anos estava na frente da casa da família de Alice, quando um carro branco de vidros escuros entrou na rua, realizando os disparos.

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Esses caras passam atirando, sem ligar para quem mais está na rua. Agora, se esse adolescente aparecer por aqui, nem vou conversar (com o rapaz), porque já sei que está marcado. Já é a segunda vez.

Morador 2
Residente do bairro Dom João Batista
Aspas de citação

Segundo os moradores, tiroteios são frequentes no bairro por causa da disputa do tráfico de drogas na região. Além disso, o local já estava parecendo uma “cracolândia”. “Tinha gente fumando na rua, na frente das crianças. Ninguém respeitava ninguém. E isso só mudou depois dessa tragédia do domingo”, contou o segundo morador.

O medo, atualmente, é que com a solução do caso, o reforço no policiamento acabe e os problemas voltem a ser rotina no bairro. “A gente não quer que volte a ser como era, mas não depende só da gente. A polícia tem que continuar aqui. Enquanto esses caras estão soltos, nós é que ficamos presos dentro de casa”, desabafou o outro morador.

POLÍCIA PROCURADA

A Gazeta entrou em contato com a Polícia Civil, solicitando uma entrevista para esclarecer a disputa do tráfico de drogas em Vila Velha e a relação com a morte de Alice da Silva Almeida, mas não foi atendida. A reportagem também aguarda confirmação a respeito da outra tentativa de homicídio envolvendo o adolescente.

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