O caso da idosa, identificada como Atagildes Torezani de Moraes, de 77 anos, que foi encontrada morta dentro da própria residência localizada no bairro Coqueiral de Itaparica, em Vila Velha, no início da tarde desta terça-feira (16), foi registrado como latrocínio ou seja, roubo com morte. A informação é da Polícia Civil.
Ainda de acordo com o órgão, o caso vai seguir sob investigação do Departamento Especializado de Investigações Criminais (DEIC). Até o momento, nenhum suspeito foi detido. O corpo da vítima foi encaminhado para o Departamento Médico Legal (DML) de Vitória para ser liberado pelos familiares e para fazer o exame cadavérico, que irá apontar a causa da morte.
A Polícia Civil ressaltou a importância da contribuição da população, via Disque-Denúncia pelo número 181. "As informações são fundamentais para auxiliar a polícia e o anonimato é totalmente garantido. As informações ainda podem ser enviadas via redes sociais e pelo aplicativo 190 ES, gerando ainda mais discrição, visto que o cidadão não precisa telefonar para repassar as informações", informou em nota.
O que chamou a atenção é que policiais que atenderam a ocorrência relataram que o corpo da aposentada apresentava sinais de violência e que o corpo dela foi encontrado nu e com um travesseiro sobre o rosto. A Polícia Militar foi acionada e isolou a área. A perícia da Polícia Civil também foi acionada e rapidamente chegou à residência para iniciar as investigações e encaminhar o corpo ao Departamento Médico Legal, em Vitória.
Um dos filhos da idosa, que preferiu não ser identificado, contou à reportagem da TV Gazeta que a mãe morava sozinha e era proprietária de alguns pontos comerciais na região. Além dele, Atalgildes tinha outros dois filhos e morava sozinha por opção.
O familiar contou ainda que a aposentada tinha o hábito de ajudar moradores de rua e pessoas carentes, e que ela era conhecida e querida pelos vizinhos. Essa prática de ajudar pessoas em situação de rua, segundo o filho da idosa, deixava os familiares preocupados devido ao contato constante com desconhecidos.
Um dos primeiros a chegar no local, o autônomo identificado como Levir disse, em entrevista à TV Gazeta, que estranhou o fato do portão estar aberto e chamou pela moradora.
"Cheguei e encontrei o portão aberto. Chamei, chamei, chamei, os cachorros latiram e nada. Na hora já pensei que havia algo errado. Cheguei na porta e vi que ela estava aberta. Entrei e encontrei muitas coisas reviradas dentro da casa. Fiquei assustado com o que vi, voltei e acionei a polícia. Um policial chegou e ligou a luz porque estava escuro. Foi quando ele a encontrou deitada na cama com um travesseiro sobre o rosto. Eles encontraram as coisas dela reviradas, acharam na sala, inclusive, uma embalagem aberta de preservativos. Até onde sei, ela não tem inimizade com ninguém. É uma pena, coitada", disse o autônomo, que iria realizar o serviço no imóvel.
A polícia não permitiu que familiares entrassem no imóvel até a chegada da perícia. Apenas uma médica da família, que acompanha a idosa e também outros membros da família, foi autorizada a entrar na residência para realizar a identificação.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta