Mais de um ano e nove meses após a morte da estudante Ramona Bergamini Toledo, atropelada aos 19 anos enquanto trabalhava como entregadora por aplicativo em Vila Velha, teve início por volta das 13h30 desta quinta-feira (16) a primeira audiência de instrução do caso. A jovem teve a moto atingida por um veículo que trafegava a mais de 130 km/h na Avenida Carlos Lindenberg, e a mãe dela, Kelli Bergamini, comentou sobre o andamento do processo em um vídeo. Veja:
O réu, acusado de ter atropelado Ramona, é Wilker Wailant. Ele chegou a ficar preso preventivamente por 19 dias, e desde o dia 7 de março de 2020 responde ao processo em liberdade e aguarda para saber se será levado a júri popular.
Embriagado ao volante, Wilker subiu no canteiro central e invadiu a contramão da avenida com o veículo, atingindo a moto em que a vítima estava. Ela aguardava a abertura de um semáforo e morreu no local.
Segundo o advogado Ludgero Liberato, que faz a defesa do réu, nesta quinta-feira foram ouvidas oito testemunhas de acusação. Até a publicação desta matéria, ainda não havia data marcada para a continuação da audiência, com a oitiva das testemunhas de defesa.
“A defesa espera que a instrução seja realizada com lucidez e racionalidade, como foi até agora, e que as teses da defesa sejam devidamente enfrentadas. Ainda é muito cedo para me manifestar sobre a pronúncia ou não do réu (sobre a ida ou não para o Tribunal do Júri). A audiência de hoje é um momento em que a dor é reavivada, tanto para a família da vítima quanto para Wilker. Mas é também o momento que a dor é submetida a um modelo de pensamento racional, para evitar que o processo se transforme em um exercício de vingança contra o acusado”, disse Liberato.
Em entrevista ao repórter Aurélio de Freitas, da TV Gazeta, Kelli Bergamini afirmou que a filha era uma estudante que estava trabalhando e acabou entrando para as tristes estatísticas de morte no trânsito. “Ela já estava chegando em casa, foi vítima de mais uma imprudência, de um motorista irresponsável que bebeu e dirigiu em alta velocidade, a assassinando. Depois de 1 ano e 9 meses, graças a Deus, teremos a primeira audiência. Não queremos nada que não seja devido, queremos que ele pague. Como mãe, me senti um pouco mais aliviada hoje”, desabafou a mãe de Ramona.
No acidente que matou a jovem Ramona, o carro dirigido por Wilker Wailant ainda bateu em outro automóvel que trafegava na Avenida Carlos Lindenberg, também na altura do bairro Nossa Senhora da Penha. No veículo, estava a motorista, identificada como Maria Aparecida Figueiredo.
Com ferimentos leves, ela foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levada para um hospital. Ainda de acordo com informações passadas pela Guarda Municipal de Vila Velha à época, um ônibus também foi atingido, mas o motorista e os passageiros saíram ilesos.
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