A causa da morte da jovem Thamyris Alexandra Virgulino Pascoal, de 18 anos, em Marilândia, no Noroeste do Espírito Santo, e a motivação do crime permanecem sem conclusão. Foi o que afirmou o delegado Leonardo Ávila, titular da Delegacia de Polícia do município.
O corpo de Thamyris foi encontrado em cova rasa em uma área rural, próximo a uma região de mata, em Marilândia, no dia 12 de abril. Na época do crime, em entrevista à reportagem da TV Gazeta, o delegado responsável pelo caso comentou que havia a hipótese de que a jovem poderia ter sido morta por asfixia mecânica causada por um "mata-leão".
No entanto, apesar de todas as pesquisas e análises científicas realizadas pela perícia, ainda não foi possível determinar a causa e a motivação da morte da jovem, segundo o delegado Leonardo Ávila.
Ainda de acordo com o delegado, os laudos do exame toxicológico de Thamyris também foram inconclusivos. “O corpo estava enterrado havia mais de três dias, o que pode ter dificultado a coleta de amostras que poderiam auxiliar no laudo, como sangue e urina”, acrescentou Leonardo.
Apesar de ter sido observada uma pancada na cabeça na região frontal direita, não foi identificada fratura craniana, descartando a pancada como a causa da morte.
Dois suspeitos da morte da jovem foram indiciados pela Polícia Civil nesta quinta-feira (6). Ivanildo Pereira da Silva foi apontado como o suspeito de assassinar a vítima e esconder o corpo dela. Já Bruno da Conceição foi indiciado pelo auxílio na ocultação do cadáver. O inquérito policial foi concluído e encaminhado para o Judiciário, que analisará se vai oferecer denúncia ou não.
A reportagem de A Gazeta tenta localizar a defesa dos indiciados. O espaço segue aberto para a manifestação da defesa.
Segundo Leonardo Ávila, o corpo de Thamyris foi encontrado em um local de difícil acesso e enterrado em uma cova entre 70 e 80 centímetros de profundidade.
De acordo com informações obtidas na investigação, Ivanildo ligou para Bruno na noite do dia 11 de abril, por volta das 22h, e pediu que ele fosse buscá-lo na rua, dizendo que estava em uma enrascada e que precisava de ajuda, solicitando também que levasse ferramentas para cavar uma cova.
Ainda segundo as investigações, Bruno utilizou o próprio carro, um Fiat Palio cinza, para chegar às proximidades do córrego São Pedro, local onde Ivanildo estava escondido, em meio a um cafezal.
Em seguida, Ivanildo e Bruno seguiram para o Córrego Sumidouro, onde decidiram enterrar o cadáver em uma mata fechada e escura. Após enterrarem o cadáver, ambos seguiram para a casa de Bruno, no carro dele, onde dormiram.
Segundo as investigações, no dia seguinte à ocultação do cadáver, Ivanildo teria entregue uma moto Honda Bros de cor branca. Somente no dia 11 de abril, o suspeito teria deixado a casa de Bruno.
“Em depoimento, o suspeito de 27 anos [Bruno] informou que, após usar o carro para transportar e ocultar o cadáver, decidiu guardar o veículo na casa de um parente na localidade de Santa Rosa, próximo à localidade de Japira, zona rural de Linhares”, contou o delegado.
Thamyris foi enterrada em cova rasa em uma área de difícil acesso na localidade de Sumidouro, na zona rural do município. Foi feito o trabalho pericial com o uso de luminol no carro de Ivanildo. Na época, quando prestou depoimento à Polícia Civil, Ivanildo havia afirmado que a vítima tinha morrido após passar mal, versão que não convenceu os investigadores.
O último registro de Thamyris com vida (acima) foi no dia 9 de abril, quando ela aparece em um vídeo saindo do carro de Ivanildo e indo até uma casa. Depois disso, a família dela não teve mais notícias da jovem. Ivanildo foi preso em um hotel de Ecoporanga, após ter sido flagrado pelo Cerco Eletrônico se dirigindo até a cidade.
Thamyris ficou desaparecida por três dias, até que foi encontrada, quando Ivanildo informou à polícia onde havia enterrado. Bruno da Conceição depois foi preso, suspeito de ajudar o amigo a enterrar o corpo da vítima.
*Com informações da repórter Carol Silveira, da TV Gazeta Noroeste
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