O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio da Promotoria de Justiça Criminal de Vila Velha, entrou com um recurso na Justiça capixaba, nesta quarta-feira (09), visando reverter a decisão que soltou Thiago Cruz Oliveira, acusado do feminicídio da ex-companheira, Vívian Lima de Almeida.
A vítima foi encontrada morta em casa, no bairro Araçás, em Vila Velha, no dia 28 de julho deste ano. As investigações da Polícia Civil apontaram que ela foi agredida até a morte e Thiago foi considerado o principal suspeito, pois permaneceu por uma hora e meia na casa de Vivian, um dia antes do corpo ser encontrado, conforme mostrado em câmeras do bairro. Por isso, ele teve a prisão temporária decretada em 3 de agosto, quando a Justiça acatou o pedido da prisão da polícia, com manifestação favorável do Ministério Público.
Diante da necessidade de conclusão de diligências e do temor que o acusado causava em testemunha e familiar da vítima, a Polícia Civil pediu, em 26 de agosto de 2020, a prorrogação da prisão temporária, por trinta dias, também com manifestação favorável do MPES. No entanto, a prorrogação foi negada pelo Juízo da 4ª Vara Criminal de Vila Velha, em 27 de agosto de 2020 e ele foi solto ao final do prazo da prisão temporária, no dia 03 de setembro.
Vívian foi encontrada morta em casa no dia 28 de julho, no bairro Araçás, em Vila Velha, local para onde havia se mudado há poucos dias. A vítima foi espancada até a morte.
Inicialmente, os familiares de Vívian descartaram que Thiago tivesse sido capaz de tirar a vida da ex-mulher. Mas as investigações e as provas coletadas, contudo, levaram à prisão dele em agosto. Imagens de câmeras do bairro onde aconteceu o crime mostram que a última pessoa a entrar na casa Vivian foi Thiago, na segunda-feira (27), um dia antes dela ter sido encontrada morta. Lá, ele permaneceu por 1h30.
À polícia, ele admitiu que esteve na casa da ex-mulher, mas negou a autoria do crime.
Familiares de Vívian Lima de Almeida realizaram um protesto na Rodovia Darly Santos, no final da tarde desta quarta-feira (9). A motivação foi o direito à liberdade concedido, no dia 03 de setembro, a Thiago Cruz, ex-marido de Vivian e apontado pela polícia como principal suspeito do crime. Durante o protesto o fluxo de veículos seguiu em uma pista no local. A manifestação acabou por volta das 19h15.
Em conversa com o repórter Jorge Félix, da TV Gazeta, a irmã gêmea de Vívian, Viviane Lima, afirmou que não entende como o suspeito conseguiu liberdade se há imagens que mostram Thiago entrando na casa de Vívian na noite do crime. Ela afirmou que tem medo dele.
A mãe de Vívian, Solange Lima, disse que quer justiça e que o acusado deveria continuar preso. Os manifestantes carregaram faixas com mensagens de protesto questionando a soltura de Thiago. Eles também pediam justiça pela morte de Vívian.
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