Foi preso na tarde desta segunda-feira (18) o suspeito de ser o autor da chacina que deixou cinco pessoas mortas no bairro Darly Santos, em Vila Velha, no último sábado (16). Segundo informações da Polícia Militar, Saulo da Silva Abner, de 25 anos, chegou a se esconder dentro de um guarda-roupas antes de ser detido na Rua Rosental de Oliveira, no bairro Primeiro de Maio, também em Vila Velha.
Ainda de acordo com a Polícia Militar, equipes chegaram ao local após uma denúncia anônima. Detalhes sobre o caso serão repassados em uma coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira (19). A informação sobre prisão foi divulgada em primeira mão pelo governador Renato Casagrande.
Ainda na manhã desta segunda-feira (18), a Polícia Civil já havia informado que trabalhava em uma linha de investigação que poderia determinar na motivação e autoria da chacina, que também deixou outras quatro pessoas feridas. A informação foi passada à TV Gazeta pelo secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social, Alexandre Ramalho, durante uma coletiva de imprensa para falar sobre outro caso.
Sem revelar detalhes naquele momento, Ramalho afirmou que as equipes da Polícia Civil estavam em campo desde o dia do episódio. Segundo ele, casos de homicídio têm prioridade nas investigações conduzidas pelas polícias capixabas.
A reportagem tentou contato com a defesa do suspeito, feita pelo advogado Hilo José de Freitas Moura. Esta publicação será atualizada quando houver retorno.
De acordo com apuração da TV Gazeta, por volta de 12h30 desta segunda-feira, um dos feridos, um homem de 30 anos que levou três tiros, prestava depoimento no Departamento Especializado de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), em Vitória.
Após ser atendido no Hospital Estadual Antônio Bezerra de Faria, em Vila Velha, ele recebeu alta. Ainda segundo apuração da TV Gazeta, a vítima e outro homem teriam discutido com uma mulher, que se apresentou à polícia afirmando ser a dona do terreno onde aconteceu o crime.
Uma das pessoas assassinadas é a professora de Inglês Elaine Cristina Machado, 49 anos, encontrada morta com dois tiros ao lado de um carro. Segundo o genro, Wagner Mendes, ela tinha quatro filhos e era divorciada.
“Todo mundo está de luto pelo que aconteceu. Ela morava perto de onde aconteceu o crime e segundo nos falaram Elaine ouviu muito barulho e foi lá ver o que estava ocorrendo. Minha sogra não era de participar de festas, ela nem estava lá, só ia de casa para igreja”, relatou o genro da professora.
O líder comunitário da Associação de Moradores do bairro Darly Santos, José Quirino Filho, de 59 anos, conhecido como Mosquito, também foi morto com dois tiros. Ele estava participando do churrasco e levou dois tiros na costela direita e um nas costas. Quirino era casado, tinha quatro filhos e cinco netos.
Segundo a esposa dele, Cícera Gomes, o casal tem um bar próximo onde ocorreu a chacina. "Ele tinha ido até em casa para almoçar e descansar. Por volta das 16h30 ele decidiu ir à casa do amigo onde estava tendo o churrasco”, desabafou.
O aposentado Claudionor Liberato, de 59 anos, e José Roberto, conhecido como Gordinho, também estavam participando do evento e os dois foram mortos com dois tiros cada.
A quinta vítima é Felipe dos Santos, de 31 anos. Ele foi baleado enquanto trabalhava na barraca de verduras dele, que fica na rua transversal de onde acontecia o churrasco. Ele chegou a ser socorrido, mas morreu ao dar entrada no Hospital Bezerra Antônio de Farias.
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