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Chacina na ilha: suspeito foragido é preso pela segunda vez no ES

Chacina na ilha: suspeito foragido é preso pela segunda vez no ES

Lucas Siqueira de Souza, de 19 anos, foi detido na região de Presidente Médici, em Cariacica, nesta segunda-feira (19); cachina aconteceu em 2020, em Vitória

Publicado em 19 de setembro de 2022 às 22:41

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Perícia da Polícia Civil volta à Ilha do Américo, em Santo Antônio, em Vitória, local onde ocorreu a chacina que resultou na morte de quatro homens
Crime ocorreu em 2020, deixando quatro pessoas mortas. (Fernando Madeira)
Maria Fernanda Conti
[email protected]

Indiciado por envolvimento na "chacina da ilha", que ocorreu no município de Vitória, em 2020, o jovem Lucas Siqueira de Souza, de 19 anos, foi preso nesta segunda-feira (19), na região de Presidente Médici, em Cariacica. Segundo a Polícia Militar, a autuação foi por tráfico de drogas, mas contra ele também havia um mandado de prisão em aberto, por ter se evadido do sistema prisional enquanto respondia pelo outro crime.

De acordo com o boletim de ocorrência da PM, ele estava junto de outros dois suspeitos e tentaram fugir quando notaram a presença dos policiais no bairro. A corporação deteve Lucas e um rapaz de 21 anos na laje de uma residência da região. O terceiro homem conseguiu fugir.

Conforme apuração do repórter Paulo Ricardo Sobral, da TV Gazeta, Lucas foi apreendido em 2020, quando tinha 17 anos, e cumpria medida socioeducativa no Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases). Em maio deste ano, no entanto, ele recebeu o benefício da saída temporária e não retornou.

Com os jovens, os militares encontraram seis buchas de haxixe, sete de maconha, 15 pedras de crack, 38 pinos de cocaína, um rádio comunicador e R$ 32 em espécie. Os dois foram encaminhados para a Delegacia Regional de Cariacica, assim como todo o material apreendido com eles.

A Secretaria Estadual de Justiça (Sejus) e a Polícia Civil foram procuradas pela reportagem de A Gazeta para dar mais detalhes sobre as prisões. Assim que houver um retorno, este texto será atualizado.

RELEMBRE O CASO

Conhecido como "chacina da ilha", o crime ocorrido em 28 de setembro de 2020 tirou a vida de quatro pessoas: Pablo Ricardo Lima Silva, de 21 anos; Wesley Rodrigues Souza, de 29; Yuri Carlos de Sousa Silva, de 23; e Vitor da Silva Alves, de 19 anos. Outros dois jovens foram baleados, mas sobreviveram.

Ilustrações simulando como ocorreu a chacina na ilha Dr. Américo
Ilustração simula como ocorreu a chacina na ilha Doutor Américo, em Vitória. (Amarildo)

Conforme explicou o secretário Alexandre Ramalho, então à frente da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp), os assassinatos foram cometidos por membros de uma facção criminosa do Morro do Quiabo. No entanto, não havia comprovação de que as vítimas tivessem relação com o tráfico.

O inquérito policial da chacina foi concluído em novembro de 2020. As investigações mostraram que a chacina teria sido motivada por uma conversa mal entendida de celular. Ao todo, seis pessoas foram indiciadas pelo crime:

  • Vitor Bertholini Fernandes, apontado como um dos executores e preso no ano passado;
  • Felipe Domingos Lopes, responsável por coordenar o ataque e efetuar os primeiros disparos;
  • Adriano Emanoel de Oliveira Tavares, coautor do crime;
  • Werik Sant'ana dos Santos da Silva, que pilotou o barco que levou os criminosos até a ilha;
  • Lucas Siqueira de Souza, que na época era menor de idade;
  • Adolescente que não teve o nome divulgado.

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