Indiciado por envolvimento na "chacina da ilha", que ocorreu no município de Vitória, em 2020, o jovem Lucas Siqueira de Souza, de 19 anos, foi preso nesta segunda-feira (19), na região de Presidente Médici, em Cariacica. Segundo a Polícia Militar, a autuação foi por tráfico de drogas, mas contra ele também havia um mandado de prisão em aberto, por ter se evadido do sistema prisional enquanto respondia pelo outro crime.
De acordo com o boletim de ocorrência da PM, ele estava junto de outros dois suspeitos e tentaram fugir quando notaram a presença dos policiais no bairro. A corporação deteve Lucas e um rapaz de 21 anos na laje de uma residência da região. O terceiro homem conseguiu fugir.
Conforme apuração do repórter Paulo Ricardo Sobral, da TV Gazeta, Lucas foi apreendido em 2020, quando tinha 17 anos, e cumpria medida socioeducativa no Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases). Em maio deste ano, no entanto, ele recebeu o benefício da saída temporária e não retornou.
Com os jovens, os militares encontraram seis buchas de haxixe, sete de maconha, 15 pedras de crack, 38 pinos de cocaína, um rádio comunicador e R$ 32 em espécie. Os dois foram encaminhados para a Delegacia Regional de Cariacica, assim como todo o material apreendido com eles.
A Secretaria Estadual de Justiça (Sejus) e a Polícia Civil foram procuradas pela reportagem de A Gazeta para dar mais detalhes sobre as prisões. Assim que houver um retorno, este texto será atualizado.
Conhecido como "chacina da ilha", o crime ocorrido em 28 de setembro de 2020 tirou a vida de quatro pessoas: Pablo Ricardo Lima Silva, de 21 anos; Wesley Rodrigues Souza, de 29; Yuri Carlos de Sousa Silva, de 23; e Vitor da Silva Alves, de 19 anos. Outros dois jovens foram baleados, mas sobreviveram.
Conforme explicou o secretário Alexandre Ramalho, então à frente da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp), os assassinatos foram cometidos por membros de uma facção criminosa do Morro do Quiabo. No entanto, não havia comprovação de que as vítimas tivessem relação com o tráfico.
O inquérito policial da chacina foi concluído em novembro de 2020. As investigações mostraram que a chacina teria sido motivada por uma conversa mal entendida de celular. Ao todo, seis pessoas foram indiciadas pelo crime:
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta