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Cinco pessoas morrem durante confronto armado em região de Vitória

Cinco pessoas morrem durante confronto armado em região de Vitória

Informação foi confirmada pelo comandante-geral da Polícia Militar, coronel Douglas Caus. Corporação alega que houve troca de tiros

Publicado em 14 de agosto de 2023 às 20:54

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Muitas viaturas da Polícia Militar foram avistadas no local
Muitas viaturas da Polícia Militar foram avistadas no local ainda durante à noite. (Eduardo Dias)
Maria Fernanda Conti
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Um confronto entre policiais militares e traficantes deixou cinco pessoas mortas na região do Morro do Macaco, em Vitória, nesta segunda-feira (14). A informação foi confirmada pelo comandante-geral da Polícia Militar, coronel Douglas Caus, à reportagem da TV Gazeta.

De acordo com o coronel, a corporação recebeu a informação de que aproximadamente 30 indivíduos estariam no local durante à tarde, fortemente armados, para receber uma grande carga de drogas. A PM foi até a região e, segundo Caus, houve o início do confronto. Além das mortes, cinco armas foram apreendidas. 

"A Força Tática do 1º Batalhão foi acionada e duramente enfrentada por diversos disparos. Mantiveram a troca de tiros por muito tempo. Posteriormente, a nossa tropa avançou. Cinco armas foram apreendidas e os cinco baleados foram socorridos ao Hospital São Lucas. Um dos indivíduos baleados, inclusive, durante a ação, ia jogar uma granada", destacou.

O coronel destacou ainda que o artefato estava no local e o Batalhão de Missões Especiais (BME) iria fazer a detonação. "Demonstra claramente a intenção desses indivíduos em acertar os nossos policiais militares, que dentro do estrito cumprimento do dever legal de legítima defesa, fizeram o revide", justificou.

Aspas de citação

Na maioria das vezes, eles atiram para poder fugir da Polícia Militar. Hoje foi uma situação atípica por dois motivos: primeiro, o indivíduo lançando uma granada contra os policiais. E, segundo, que eles mantiveram a posição. Isso significa que eles estavam ali defendendo ou uma carga grande de carregamento de drogas – uma carga que foi, inclusive, aprendida – ou estavam protegendo alguma liderança

Coronel Douglas Caus
Comandante-geral da Polícia Militar
Aspas de citação

Ainda segundo o coronel, chamou a atenção da corporação que, mesmo durante o socorro das vítimas, a troca de tiros não foi cessada. "Vários indivíduos do Morro do Macaco, em diferentes posições, continuaram a atirar contra a PM, por mais de uma hora", afirmou. 

Nesta terça-feira (15), quatro dos cinco mortos foram identificados pela Polícia Militar. Veja aqui os nomes.

Relação com outros crimes

Há também a suspeita, conforme explicou Caus, de que os mesmos criminosos tenham participado de uma ocorrência no último domingo (13), no bairro Santa Martha, também na Capital capixaba. Moradores relataram muitos tiros e até um explosivo próximo a uma quadra da comunidade. O BME foi acionado para isolamento da área e devida detonação do material.

Bairro de Vitória tem madrugada de tiros e até explosivo é encontrado
Bairro de Vitória tem madrugada de tiros e até explosivo é encontrado. (Leitor A Gazeta )

“Durante o final de semana, a Polícia Militar foi até o Mangue Seco [que fica em Santa Martha] devido a uma suposta troca de tiros. Chegando no local, nós verificamos 27 cápsulas de munição 556 de fuzil, inclusive uma granada. A região tem uma ligação com o Terceiro Comando Puro, também do Morro do Macaco. Ou seja, provavelmente, quem participou dessa troca de tiro do final de semana deve ser o mesmo pessoal que hoje (14) tentou lançar granada contra os policiais militares”, avaliou.

Planejamento

No intuito de garantir a segurança da comunidade, o comandante-geral destacou que haverá um reforço do policiamento nesta terça-feira (15). Ao todo, 300 homens serão deslocados para a região, segundo afirmou à TV Gazeta. 

"A PM já está com o BME, Força Tática e Regimento de Polícia montadas. Nós deslocamos forças táticas de outros batalhões e também convocamos o curso de sargentos. Teremos, amanhã (15), um emprego de 100 homens no período da manhã, mais 100 homens no período da tarde – além do expediente operacional", disse.

A reportagem procurou a Polícia Civil para dar mais detalhes sobre a ocorrência, mas não houve retorno até a publicação deste texto.

Após a publicação desta matéria, o Ministério Público de Espírito Santo (MPES) informou que "acompanha o caso e aguarda o recebimento do Inquérito Policial Militar (IPM), a ser enviado pela Corregedoria-Geral da Polícia Militar, e do Inquérito Policial, da Polícia Civil, para posterior análise e adoção das providências cabíveis e previstas em lei, pela Promotoria de Justiça junto à Auditoria Militar e pela Promotoria de Justiça Regional de investigação e Controle Externo da Atividade Policial, respectivamente. A Promotoria de Justiça junto à Auditoria Militar apura a possível prática de crimes militares e a Promotoria de Justiça Criminal atua na apuração crimes dolosos contra a vida".

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