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Cliente é preso após agredir mulher e até PM em oficina em Jardim Camburi

Cliente é preso após agredir mulher e até PM em oficina em Jardim Camburi

Homem de 29 anos foi autuado por lesão corporal e por resistência a abordagem policial, mas acabou liberado após pagar fiança no valor de R$ 1,5 mil

Publicado em 26 de março de 2025 às 11:00

Ícone - Tempo de Leitura 4min de leitura
Mikaella Mozer
Repórter / mmferreira@redegazeta.com.br

A insatisfação de um cliente com o valor cobrado por uma oficina mecânica por serviços que teriam sido realizados no carro dele causou uma confusão envolvendo o homem, a esposa do proprietário do estabelecimento e um policial militar de folga. Conforme boletim de ocorrência da Polícia Militar, tudo aconteceu na terça-feira (25), em Jardim Camburi, em Vitória, após o proprietário do automóvel, de 29 anos, reclamar da cobrança e agredir a mulher e o agente de segurança. O indivíduo foi preso. 

Consta na ocorrência que, no final da tarde, o homem de 29 anos chegou à oficina acompanhado da mãe, da irmã e da secretária dele. Ele teria questionado os valores cobrados e, em meio às discussões, começaram as agressões. No registro é relatado que a esposa do proprietário do estabelecimento, que ajuda nos atendimentos no local, teve o cabelo puxado e foi jogada ao chão.

Ela, então, pediu ajuda a uma amiga, que procurou o vizinho, que é policial militar e estava de folga. O PM foi ao local e precisou aplicar um mata-leão – golpe de imobilização – após o homem tentar socá-lo no rosto.

Cliente é preso após agredir mulher e até PM em oficina em Jardim Camburi
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A câmera de segurança da loja gravou o momento em que o dono conversa com o cliente (veja acima). Em seguida, o homem levanta e começa a apontar o dedo no rosto do proprietário do comércio e também de funcionários que estavam no local. Depois desse momento, começam as agressões. O vídeo mostra o exato momento em que o cliente puxa o cabelo da mulher. 

Na oficina, os funcionários contaram ao policial que o homem, depois da agredir a vítima, foi para na sala administrativa, parte superior da empresa. Pediram ainda para tomar cuidado, já que o cliente poderia estar armado. Isso porque quatro dias antes, na sexta-feira (21), ele teria ido à loja e apontado uma arma para todos os trabalhadores.

A situação se agravou mais ainda quando o militar chegou à sala da área administrativa, na parte superior da loja. No cômodo, o cliente estava com os familiares e falando ao telefone com o Centro Integrado Operacional de Defesa Social (Ciodes). Na ligação, ele fazia inúmeras acusações contra funcionários e proprietários da oficina.

"Irritado e nervoso"

Durante a confecção da ocorrência na delegacia, o policial militar descreveu que o suspeito das agressões estava visivelmente "irritado e nervoso" a todo momento. O homem teria afirmado “que não acataria a ordem de um policial sem farda", e a situação se agravou quando o policial o mandou ficar na sala, mas foi ignorado pelo indivíduo, que terminou imobilizado pelo PM.

Ainda conforme relato no boletim de ocorrência, o homem tentou sair da contenção e empurrou o policial, tentando socar o rosto do militar. Nesse momento, o agente aplicou o mata-leão para imobilizar o indivíduo – que aproveitou para jogar a chave de seu carro para sua irmã. Enquanto era segurado pelo agente, o homem se mostrou preocupado em sujar o terno dele. 

"Você tá sujando o meu terno que custou R$ 1.500. Eu não estou fazendo nada", disse em vídeo. O policial então o questiona se essa é a maior preocupação dele e o suspeito só responde que "quer ir ao carro dele".

Depois que o homem foi levado por outros agentes que chegaram ao local, o policial de folga foi para a frente da loja procurar o veículo, e descobriu que o automóvel havia sido levado pela irmã. 

O homem de 29 anos foi levado para a Delegacia Regional de Vitória, e, segundo a Polícia Civil, ele foi autuado por lesão corporal e por resistência a abordagem policial, mas acabou liberado após pagar fiança no valor de R$ 1,5 mil. A defesa do dono do carro informou que ele "buscou inicialmente uma solução amigável para o conflito, mas precisou intervir após sua genitora ter sido vítima de agressão por parte da esposa e do proprietário desta oficina". 

A defesa ainda diz que o proprietário chamou um amigo que seria subtenente que atendeu inicialmente a ocorrência. Ainda de acordo com a defesa, houve atrito entre o subtenente e a genitora do dono do carro na delegacia regional de Vitória, na quarta-feira (25). A defesa também afirma que o suspeito de agressão foi vítima de serviços cobrados e não realizados, além de agressões físicas, e que contestará qualquer informação falsa vinculada ao seu nome pelos meios legais.

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