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Cliente é preso após chamar funcionários de "macaco" em quiosque em Camburi

Cliente é preso após chamar funcionários de "macaco" em quiosque em Camburi

Homem teria xingado funcionários negros e acabou preso, mas recebeu liberdade provisória sem o pagamento de fiança nesta segunda-feira (10); caso ocorreu neste domingo (9)

Publicado em 10 de junho de 2024 às 14:58

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Cliente já chegou alterado no estabelecimento e causou diversas confusões antes de xingar os funcionários, segundo testemunhas.
O episódio de injúria racial ocorreu neste domingo (9) neste quiosque na orla de Camburi, em Vitória. (Kaíque Dias)

Um homem de 46 anos foi preso por injúria racial neste domingo (9) após proferir falas racistas a gerente e ao segurança de um quiosque. Tudo aconteceu por volta de 18h no estabelecimento, que fica na Praia de Camburi, no bairro Jardim da Penha, em Vitória, quando Alex Sandro Dias dos Santos chamou os funcionários de “preta vagabunda”, “macaco” e “vem na mão, seu macaco”.

A Polícia Civil informou que ele foi autuado em flagrante duas vezes por injúria racial e encaminhado para o Centro de Triagem de Viana (CTV). Porém, documentos aos quais a reportagem de A Gazeta teve acesso, mostram que ele recebeu liberdade provisória sem pagar fiança nesta segunda-feira (10).

Antes das agressões verbais, o cliente sentou em uma das mesas do local e, segundo testemunhas, já com sinais de embriaguez. Durante as três horas, até ele xingar os trabalhadores, ele consumiu R$ 200 reais em bebidas alcoólicas e causou confusão. O suspeito chegou a sentar-se em mesas de outros clientes, em espaços reservados, esbarrar nos assentos e destratou outros funcionários.

As vítimas contaram que no final da tarde ele pediu a conta, após reclamar do atendimento, e foi atendido. Entretanto, voltou, pediu a comanda de volta, tentou agredir os funcionários e até pegou uma mesa para jogar neles, conforme o registro da denúncia.

Cliente é preso após chamar funcionários de "macaco" em quiosque em Camburi

Os relatos informam que a partir deste momento o chefe de segurança precisou usar da força para contê-lo. O homem chegou a se acalmar, mas em seguida levantou agressivamente e chamou o vigilante para brigar e disse: “vem na mão, seu macaco”, “seu preto vagabundo” e “seu safado”. Ao ver a gerente, também começou a xingar ao dizer “e você também, sua preta vagabunda vem, vem!”.

Após a situação, o suspeito, novamente, ficou menos agressivo e, com a chegada da polícia, disse que sofreu um golpe “mata-leão” e por isso agiu de forma acalorada. No boletim foi registrado que era aparente a alteração das "funções motoras e do discernimento cognitivo do suspeito em razão de excesso de álcool”.

Por nota, a defesa de Alex, representada pelo advogado Roberto Gotardo Moreira, negou as acusações e disse que os fatos não aconteceram como narrado. Confira a nota na íntegra:

Nota na íntegra da defesa

Meu cliente nega as acusações, uma vez que os fatos não aconteceram conforme narrado pelas supostas vítimas, o que será provado no decorrer da instrução criminal. Meu cliente obteve a liberdade provisória em Audiência de Custódia, por não estarem preenchidos os requisitos para a conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva, podendo, desta forma, responder em liberdade.

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