O cliente que apontou uma arma contra um funcionário de um shopping em Vitória após recusar o pedido do vendedor de colocar a máscara de proteção contra a Covid-19 de forma correta é o psiquiatra Bernardo Santos Carmo. Ele deu uma entrevista ao “Fantástico”, da TV Globo, e afirmou que não usa arma e sim um simulacro.
“Eu não uso arma, eu uso simulacro de arma. Não há necessidade de porte de arma para airsoft”, contou. Airsoft é um tipo de arma de pressão com balas de plástico. Elas são produzidas de forma idêntica a armas de fogo.
Quando perguntado se ele apontou uma arma para o vendedor da loja, ele disse que tem uma airsoft e que fez isso em defesa, pois estava em uma situação de perigo. Além disso, confessou que estava utilizando a máscara abaixo do nariz.
De acordo com o “Fantástico”, Bernardo Santos Carmo é psiquiatra. Em 2019 ele recebeu da Assembleia Legislativa do Espírito Santo a comenda “Loren Reno”, uma homenagem pelos serviços prestados ao Estado. A polícia já abriu inquérito para apurar as ameaças. O atendente já prestou depoimento, agora os investigadores querem ouvir o médico. Em nota, a defesa diz que ele é um cidadão consciente que segue seus deveres, inclusive quanto às regras sanitárias. Confira a nota na íntegra:
A defesa do Dr. Bernardo dispõe que os fatos veiculados não ocorreram da forma como vem sendo narrados. A defesa apregoa que até a presente data não teve acesso ao procedimento em trâmite na Polícia Civil, pelo que torna limitada qualquer manifestação quanto às alegações das supostas vítimas. O Dr. Bernardo é um profissional renomado, respeitado e ético, sendo ainda cidadão consciente e cumpridor de seus deveres e das disposições legais, inclusive quanto às regras sanitárias decorrentes da Pandemia da Covid-19, sendo que suas manifestações de vontade não tem nenhum caráter político. Após o devido acesso ao procedimento policial não serão furtados quaisquer esclarecimentos perante as autoridades e esferas competentes para a apuração do ocorrido.
O funcionário da loja, que aparece na reportagem, não quis se identificar. Ele deu a sua versão do que aconteceu na ocasião.
Uma testemunha do fato, que também não quis se identificar, deu mais detalhes sobre o diálogo. “Ele (vendedor) falou assim: 'mas é lei, o senhor precisa colocar a máscara'. Aí ele (cliente) falou assim: 'Eu faço a minha lei, eu não cumpro leis'. E tirou a arma da cintura”, disse.
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