A Força Tarefa de Segurança Pública do Espírito Santo deflagrou na manhã desta quinta-feira (26) a Operação Silhueta. As investigações se iniciaram após a polícia perceber indícios de venda ilegal e desvio de munições em uma loja de armas de fogo, onde funciona um estande de tiro.
Segundo a Polícia Federal, além de um mandado de prisão preventiva, já cumprido na cidade de Vitória, estão sendo cumpridos cinco mandados de busca e apreensão na Capital e um no município da Serra. Os investigados nesta operação poderão responder por falsidade ideológica e comércio ilegal de arma de fogo. Somadas, as penas deles podem chegar a mais de 17 anos de condenação.
Em Vitória, conforme apuração da repórter Gabriela Martins, da TV Gazeta, um dos pontos investigados fica na Ilha de Santa Maria. Participam da ação policiais federais, rodoviários federais e guardas civis da Capital, Serra e de Vila Velha.
As investigações tiveram início na Delegacia de Repressão aos Crimes Patrimoniais da Polícia Federal, que percebeu indícios de desvio e venda ilegal de munição envolvendo proprietários e funcionários de uma loja de armas de fogo, onde também funciona um estande de tiro.
Dando continuidade ao trabalho, a Força Tarefa de Segurança Pública comprovou as suspeitas iniciais e apontou uma enorme possibilidade de que também estariam ocorrendo desvios relativos ao comércio de armas de fogo no mesmo estabelecimento.
De acordo com a Polícia Federal, o objetivo das ações desta quinta-feira (26), além do cumprimento das ordens judiciais mencionadas, é a obtenção de novos elementos de prova que possam permitir o aprofundamento e a conclusão das investigações.
As primeiras ações relativas à Operação Silhueta ocorreram após a percepção de que os proprietários e funcionários do clube de tiro estariam vendendo munições de forma irregular, lançando nos mapas de venda, os nomes de pessoas que já haviam comprado anteriormente em sua loja.
A partir daí, lançavam a compra de uma quantidade de munições em nome do cliente, embora aquela pessoa nunca tenha feito tal aquisição. Na sequência, a loja dava baixa em seu estoque e a munição era vendida no mercado clandestino por um valor bem acima do mercado.
As investigações também apontaram para a venda fraudulenta de pistolas semiautomáticas. Em razão do tipo de adulteração realizada nos números de série das armas, para concretização das vendas fraudulentas, os criminosos acreditavam que permaneceriam impunes.
A Polícia Federal evidencia que os investigados fraudavam mecanismos de controle fiscalizatório de armas e munições, para venderem esses itens por preços superiores aos praticados no mercado legal e que, por vezes, acabavam nas mãos de membros de organizações criminosas da Grande Vitória.
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