Os 53 quilos de cocaína apreendidos na caixa de mar do navio Rave Arrow, no Portocel, no litoral de Aracruz, neste domingo (6), podem chegar a quase R$ 6 milhões ao aportar na Europa, para onde o entorpecente seria enviado. Inicialmente, a quantidade divulgada na apreensão feita em parceria pela Alfândega do Porto de Vitória com a Polícia Federal era de 40 kg, mas uma nova pesagem precisou a quantia exata encontrada.
Segundo o superintendente da PF no Espírito Santo, Eugênio Ricas, o valor da droga pode ser até maior, dependendo da qualidade da cocaína e dos aditivos que eventualmente sejam adicionados ao entorpecente.
Ainda de acordo com o chefe da PF no Espírito Santo, este valor milionário é relativo à precificação que a cocaína chega custando aos importadores europeus. Pela cotação do dia da moeda da União Europeia (R$ 5,51) frente ao Real, o valor exato da carga encontrada é de R$ 5.840.600,00.
A apreensão agora será investigada pela Polícia Federal para saber se o material encontrado pertence a uma da quadrilha desmantelada recentemente no Brasil e que atua em portos e navios no litoral capixaba.
Nos últimos meses, mais de 890 quilos da droga foram apreendidos em operações realizadas pela PF, inclusive na área de fundeio, onde as embarcações aguardam até atracarem nos portos. São nestes locais, inclusive, que mergulhadores do tráfico, colocam as drogas nos navios sem que os tripulantes percebam a ação.
"O Espírito Santo, por ter esta característica de vários portos no litoral, facilita esta ação por estas organizações criminosas, que encontraram neste tipo de operação um grande filão para mandar cocaína do Brasil para a Europa. É uma atividade muito lucrativa e com baixo risco, porque eles se valem de mergulhadores que atuam nos períodos da noite e madrugada, sem que as empresas que operam (os navios) tenham conhecimento. É uma operação relativamente segura para esses criminosos", disse Ricas, em entrevista à TV Gazeta.
A investigação da PF também atua para identificar outros envolvidos no esquema, além dos que já foram presos no Estado e em outras ações pelo Brasil. Na apreensão ocorrida em Aracruz, não houve prisão. A droga só foi descoberta porque tripulantes do navio notaram a presença de um barco rondando a embarcação e com mergulhadores.
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